Com estimativas preocupantes para os próximos anos, o câncer de esôfago acende um alerta para a saúde. Com base nas projeções do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio de 2023 a 2025, o Brasil espera registrar cerca de 10.990 novos casos anualmente, destacando-se 8.200 ocorrências entre homens e 2.790 entre mulheres. Em 2023, eram previstos 310 casos da doença no Espírito Santo. Um olhar mais atento revela que aproximadamente 35% desses casos estão associados ao tabagismo e ao consumo de álcool.
O esôfago, parte essencial do sistema digestivo, desempenha um papel crucial na jornada dos alimentos da garganta ao estômago. No entanto, o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e outros fatores comportamentais, como a dieta desequilibrada e a obesidade, elevam consideravelmente o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer.
A fase inicial do câncer de esôfago é frequentemente assintomática, tornando o diagnóstico precoce um desafio. “Infelizmente, não há evidências de que o rastreamento sistemático para diagnóstico precoce possa diminuir as taxas de mortalidade”, alerta a oncologista da Oncoclínicas Espírito Santo, Fernanda César. Sensações de dificuldade ao engolir, dor retroesternal, regurgitação e perda de peso são alguns dos sinais, embora não específicos da doença.
O carcinoma epidermoide é um dos tipos mais frequentes, sendo responsável por mais de 90% dos casos da doença. “Ele se manifesta nas células escamosas, que fazem parte do revestimento do terço superior e médio do esôfago”, detalha a oncologista.
Já o adenocarcinoma, outro entre os tipos mais incidentes, origina-se nas glândulas secretoras de muco presentes sobretudo no terço inferior do esôfago. “Em sua maioria, o adenocarcinoma está relacionado ao esôfago de Barrett – uma mudança anormal das células presentes na porção inferior do esôfago -, à esofagite de refluxo crônica, à obesidade e ao fumo”, explica.
Em abril, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de esôfago, a campanha Abril Azul Claro busca disseminar informações essenciais sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessa doença que impacta milhares de brasileiros todos os anos. A conscientização sobre os fatores de risco é fundamental para reduzir a incidência e melhorar os resultados no tratamento dessa enfermidade desafiadora.
Diagnóstico e tratamento
O tratamento do câncer de esôfago é complexo e multidisciplinar. Em geral, envolve uma combinação de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, especialmente nas fases iniciais. “No entanto, devido ao diagnóstico tardio comum nessa patologia, o prognóstico muitas vezes é desafiador”, ressalta Fernanda.
O diagnóstico, essencial para direcionar o tratamento, é feito predominantemente por meio da endoscopia digestiva alta, que não só visualiza a extensão da doença, mas também obtém amostras para biópsia, fundamental para determinar o tipo de tumor e guiar as melhores opções terapêuticas.
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Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 615 mil tratamentos nos últimos 12 meses. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer.
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