Mais um ano na conta! Hoje, quarta-feira (24 de janeiro), o jornal Correio9 comemora 19 anos de existência. Um período em que trouxe informações, serviços de utilidade pública e muitas histórias; algumas alegres, outras nem tanto, mas esta é a tarefa de quem se propõe a fazer jornalismo.
Nem sempre é fácil! Muitas cobranças, pressões e críticas. Assim é a vida de quem assume essa tarefa que é o que move a humanidade: a informação. Desde o surgimento da humanidade, a comunicação é parte crucial de todas as relações. O maior temor de um ser humano é o isolamento, não poder se comunicar. E vivemos uma era que supera todo o passado quando se fala em trânsito de informações.
A era da tecnologia da informação em que as notícias se alastram na velocidade do pensamento, ou como diz o ditado popular: “como um rastilho de pólvora. E o Correio9 nasceu nesse período conturbado cuja concorrência não é mais o seu par, mas as redes sociais.
O Facebook foi criado em 2004 e um ano depois, surgia o Correio9 navegando em águas mansas até o ano de 2007, quando a rede social aportou no Brasil transformando comportamentos, a maneira de informar, de ser informado e a percepção que os receptores têm da informação que recebem. Aí, quem trabalha com apuração, como é o caso da imprensa, teve que se transformar, teve que se adaptar ao novo mundo.
O jornalismo sempre se transforma na constante busca pela adaptação que é parte vital de sua existência. A comunicação não é estática, ela segue os movimentos das mutações da sociedade. E em meio às fake news (notícias falsas, mentirosas) que constituem a “era da informação”, a checagem e a apuração isenta dos fatos representam a defesa da verdade como princípio inegociável.
Isso torna o exercício do jornalismo mais desafiador, como nunca foi antes. A revolução tecnológica passou a disseminar novas maneiras de acesso à informação e a concorrência do jornalismo profissional passou a ser com opiniões formadas, sem base, sem investigação.
As redes sociais criaram uma profissão que cresce a cada dia: “os achólogos”, pessoas graduadas em “achologia”. Talvez, a “profissão” dominante nos dias atuais. Acrescenta-se a isso a ânsia que inclina cada indivíduo a buscar a ser o primeiro a “dar a notícia”. Pense em uma fofoca que só tem graça se você for o primeiro a contar. A fofoca perde o sentido se ao tentar dizer, o ouvinte responder: eu já sabia.
É essa a concorrência enfrentada pelo jornalismo profissional nos dias atuais. A disseminação da telefonia celular mudou a história do jornalismo recente, sobretudo dos anos 2000 para cá. Antes, as informações eram restritas em suas formas de funcionar e operar. Com a internet, a informação se torna abrangente e gratuita.
Na internet, o que gera renda (e lucro) não é mais (apenas) a informação, mas, principalmente as visualizações, as clicadas e os likes. Sem isso, não há propaganda.
O WhatsApp, a mais instantânea ferramenta de transmissão de informações possui vantagens e desvantagens. Muitas pessoas se atêm ao que circula e que recebe na rede. No entanto, a seleção e o filtro são relativos e nem todo mundo tem o cuidado de verificar a fonte, a origem do que está recebendo, lendo e acreditando.
As fakes news se tornaram um problema para a ordem social a tal ponto que se tornaram motivo de debates políticos e jurídicos na sociedade atual. A facilidade de compartilhamento de informações torna cada vez mais difícil distinguir o que é verdadeiro do que é falso. Isso tem um grande impacto no jornalismo, que tem a missão de informar a população com fatos verídicos e relevantes que possam ser comprovados.
As fakes news afetam diretamente a credibilidade dos veículos de comunicação, que travam uma luta incessante para manter a confiança do público. Além disso, normalmente as notícias falsas são criadas com o objetivo de enganar, de manipular a opinião pública para atender a interesses escusos, o que pode ter consequências graves para vidas e honras pessoais, para a democracia e a sociedade como um todo.
No Brasil, a polarização política é um fenômeno que tem afetado a credibilidade dos veículos de imprensa. Não raro, as notícias são interpretadas de acordo com a posição política do leitor, o que pode levar à desconfiança em relação aos veículos que não compartilham da mesma visão ou que se posicionam de acordo com os fatos; que falam a verdade contrariando a vontade do leitor.
O Correio9 tem ciência disso! Tanto que nas eleições de 2022 chegou a fazer parte de uma “lista negra” elaborada por extremistas que pediam o boicote do jornal por ele não se furtar a informar sobre os acontecimentos. Ah, não podemos esquecer o fanatismo religioso.
Os profissionais de imprensa precisam estar atentos a esse fenômeno e buscar manter a honestidade e imparcialidade na cobertura dos eventos. Não se metamorfosear em nome de visões equivocadas ou posições extremistas, como se vê na sociedade atual.
É fundamental que os veículos de imprensa sejam vistos como fontes confiáveis e imparciais, independente da posição política dos leitores. O jornalista precisa ter consciência de que o jornalismo às vezes agrada e em outras desagrada. Jornalismo que quer agradar o tempo todo, não existe, não é jornalismo. A notícia precisa agradar a quem tem interesse pela verdade. Não se preocupar em dizer o que o leitor quer ouvir, mas, acima de tudo o que precisa ser dito, doa a quem doer.
Essa é a visão que norteou o seu Correio9 nesses 19 anos de trabalho constante em busca de informar, entreter e contar histórias de amor, famílias, superação, solidariedade e devoção. Nem sempre a narrativa é agradável, mas, real, e a realidade nem sempre é moleza, é dura.
Sabemos que a forma de nos comunicarmos é mutante; não sabemos como ela será no futuro, porém, sabemos que a comunicação é imprescindível para a evolução humana. Ela é eterna e isso não vai mudar.
Todos os que fazem o Correio9 se orgulham do que fazem, pois fazem com amor e dedicação se preocupando sempre com a ponta do nosso trabalho: o leitor.
Quem venham os próximos anos!
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