Com a paralisação da obra da Avenida Guanabara, em Nova Venécia, um pequeno trecho de terra ficou sem finalização e, nesta semana, viralizou nas redes sociais a imagem de um pé de mamona que nasceu no local (nas proximidades dos Supermercados Rondelli e Mol Motos).
Venecianos brincaram com a situação pelo fato de que, com a demora para a conclusão da avenida, até plantas nascem e crescem no lugar. Um cidadão comentou: “Nova Venécia ainda será uma grande produtora de óleo de mamona, se depender do término dessa obra”.
Outro disse: “Já temos uma estação para reabastecimento de veículos elétricos na mesma avenida, agora, vão criar a estação de reabastecimento de biodiesel”.
Um terceiro emendou: “Daqui a uns dias terá até pé de manga”.
“No ano que vem vai ter pé de café”, brincou um internauta.
“Já sai da concessionária pronto pra fazer uma trilha”, destacou outro comentário.
AVENIDA GUANABARA
A obra começou depois de uma luta de anos e muitas idas e vindas a Vitória na gestão passada. Teve início no primeiro semestre do ano passado e foi paralisada no fim do ano e, desde então, o canteiro está parado.
Entretanto, mais de 90% da obra estão prontos e o asfalto na pista é um ‘sonho realizado’ para os motoristas que passam pelo local. Para muita gente, a obra é uma das maiores conquistas nos últimos anos do município.
O contrato contempla obras de drenagem, pavimentação e construção de contenção e está avaliado em R$ 6.819.545,16. O valor total do convênio assinado pelo governador Renato Casagrande (PSB) prevê um valor de R$ 7.954.963,93.
Um aditivo foi solicitado e está em fase de aprovação no valor de R$ 1.092,463,50. Esta semana, o vereador Zé Luiz do Cricaré (PDT) disse, na tribuna da Câmara, que o prefeito André Fagundes (PDT) esteve na Sedurb (Secretaria de Desenvolvimento Urbano) e que a retomada da obra ocorrerá no mês de junho.
Segundo informações, a previsão de entrega da Av. Guanabara finalizada é até o fim deste ano.
O QUE É A MAMONA?
A Ricinus communis L. conhecida popularmente como mamona, pé de mamona, mamoneira, carrapateira, carrapato e rícino, é uma planta da família das euforbiáceas, originária da Ásia Meridional, e sua semente é conhecida como mamona ou carrapato.
Seu principal produto derivado é o óleo de mamona, também chamado óleo de rícino. Embora seja usado na medicina popular, como purgativo, este óleo possui largo emprego na indústria química devido a uma característica peculiar: possui uma hidroxila (OH) ligada na cadeia de carbono. Não existe outro óleo vegetal produzido comercialmente com esta propriedade.
Há plantas do gênero Lesquerella que também produzem óleo hidroxilado, mas ainda não são cultivadas comercialmente. Outra importante propriedade do óleo de mamona é ser composto entre 80 e 90 por cento por um único ácido graxo (ácido ricinoleico), o qual lhe confere alta viscosidade e solubilidade em álcool à baixa temperatura. Pode ser utilizado como matéria prima para o biodiesel, mas a quase totalidade do óleo produzido no mundo tem sido utilizado pela indústria química para produtos de maior valor agregado.
O Biodiesel feito a partir da mamona é considerado um dos melhores do mercado por ser o mais denso e viscoso e pela sua característica de ser o único óleo glicerídico solúvel em álcool a baixas temperaturas.
A semente é tóxica devido principalmente a uma proteína chamada ricina, que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses. O óleo é de difícil digestão (provoca diarreia), mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina. Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto. Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A, ou albumina 2S, presente nas sementes e no pólen. Um terceiro componente ativo na mamoneira é a ricinina (não confundir com ricina). A ricinina é um alcaloide que pode ser encontrado em todas as partes da planta. Este alcaloide tem efeito sobre o sistema nervoso central e pode causar diversos efeitos: convulsão, melhoria da memória, falta de equilíbrio e outros. As maiores concentrações de ricinina são encontradas nas flores e em folhas jovens.
Os principais países produtores de mamona são a Índia (74%), a China (13%), o Brasil (6,1%) e Moçambique (2,5%), sendo os principais consumidores a China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. No Brasil, a produção está concentrada no Estado da Bahia (67%), seguida do Ceará (15%), Minas Gerais (11%) e Pernambuco (3%).
A temperatura ideal de cultivo deve ser entre 20 a 35 °C para que haja produção que assegure valor comercial, com a temperatura ótima para a planta em torno de 28 °C.
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