Elias de Lemos (Correio9)
Uma mulher de 42 anos, Joana D´Arc Teixeira dos Santos, está vivendo em condições precárias e precisa de ajuda urgente, em Nova Venécia. Ela vive em um barraco de lona no final da Rua Tonico Santos Neves, no Bairro Rúbia.
Joana é separada do ex-marido, de quem se afastou devido ao consumo excessivo de bebida, por parte dele. Ela não sabe ler, nem escrever; não assina o próprio nome.
Antes de ir para onde está morando, ela trabalhava como cuidadora de um idoso, que faleceu, no Bairro Altoé. Com isso, ela ficou sem amparo e sem emprego e, com a ajuda de uma amiga, foi trabalhar na roça.
O local onde está construído o barraco em que ela mora, pertence a um irmão dela, que cedeu o lugar e construiu a atual moradia, onde ela paga as contas de água e energia. O irmão cedeu o lugar e prometeu que ela pode ficar lá. Ele vive em um assentamento.
O local foi construído com madeira e lona, quando chove molha todo o ambiente e o chão batido se transforma em lama, causando muitos transtornos e estragando as poucas coisas que ela possui. “Uma pessoa viver nessas condições, em Nova Venécia, é muito triste, mas quem não pode pagar um aluguel, não tem outra coisa a fazer”, desabafou ela.
“Não é fácil viver assim, só a gente que passa é quem sabe!”. Questionada sobre se tem medo de morar sozinha em um local ermo ela diz: “Eu tenho medo, mas não tenho saída”.
Atualmente, ela vive com um benefício de R$ 325,00 do governo federal e da ajuda de amigos, da pastoral e do CRAS (Centro Regional de Assistência Social), que contribuem com alimentos. Ela disse ao Correio9 que está se alimentando graças ao pouco que consegue trabalhando na roça e à ajuda alheia.
Para completar, ela teve dengue e ficou semanas sem trabalhar.
O local onde mora tem um cômodo dividido em dois ambientes que formam uma cozinha e um quarto. Além de alguns utensílios domésticos, ela conta com um armário, uma geladeira, um fogão e uma cama. O “banheiro” é um local separado do cômodo e, também, é feito de lona. Já o “sanitário” fica mais afastado, uma fossa cercada de lona; como o “quartinho”, usado nas roças antigamente. Tudo muito precário!
Vivendo nessas condições, ela precisa de ajuda para erguer pelo menos um cômodo seguro para morar. É nesse sentido que ela pede ajuda, mantendo a esperança de ter um lugar onde possa viver tranquila.
De acordo com ela, com ajuda de outras pessoas, procurou a Secretaria de Assistência Social, porém foi informada de que só seriam contempladas pessoas que tinham casas próprias e perderam e aquelas que tiveram suas moradias condenadas pela Defesa Civil.
Joana se queixa que “tem pessoas que recebem aluguel social sem necessidade”, e ela já tentou, mas não foi contemplada.
A reportagem procurou a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Nova Venécia, que esclareceu que, legalmente, o Aluguel Social é destinado a situações de calamidade pública, como enchentes, por exemplo, e não se aplica a casos de vulnerabilidade econômica.
Quem puder ajudar Joana, pode entrar em contato com a Redação do Correio9 ou então com o número (27) 99905-5226. Toda ajuda será bem-vinda.
Joana mora num local construído com madeira e lona:
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