A piauiense Josselene Brito, de 60 anos, descobriu ser fotografada, nua enquanto dormia, pelo homem com quem dividia a vida e chamava de marido há três décadas e meia
Em emocionante relato à Marie Claire, a advogada desabafou sobre o comportamento abusivo do ex-companheiro e incentivou mulheres a prestarem queixa de parceiros com o mesmo desvio de caráter.
“Conheci Paulo* na faculdade. Sempre moralista, em casa era ele quem ditava as regras. Com os filhos também sempre foi conservador e metódico. Ciumento, vivia me diminuindo. Dizia que eu era uma ‘Maria ninguém’, um nada”, iniciou o relato.
“Há cerca de oito anos, comecei a reparar que ele não saia das salas de bate-papo na internet. Mas, de uns três anos pra cá, a coisa só piorou. Paulo passava horas e horas trancado no banheiro ou no quarto e, quando o questionava, dizia que estava fazendo pesquisas para o trabalho. E ainda me atacava, falava que eu estava criando coisas na minha cabeça”, contou.
Em maio deste ano, a já estremecida relação do casal foi minada por completo quando ela descobriu o motivo por trás do parceiro passar tantas horas on-line. “Ele estava no celular dentro do carro e me aproximei, sem ser notada. Paulo tomou um baita susto quando me viu e tentou disfarçar. Desligou imediatamente o celular, mas eu já tinha visto tudo: Paulo estava enviando fotos minhas sem roupa por WhatsApp. Desde menina, tenho o costume de dormir sem calcinha. Os mais antigos, aqui da nossa região, no Piauí, diziam que era bom para deixar a vagina respirar. E eram justamente essas imagens que ele compartilhava, sabe-se lá com quem”, lamentou.
A descoberta, como é de se esperar, abalou por completo a advogada. “Senti decepção, raiva, nojo… Além de uma enorme dor no peito e muito, muito medo. Quem era aquele homem com quem vivia havia 35 anos? O que se passava pela cabeça dele, de que mais era capaz? A sensação era de ter levado uma facada no peito, bem no meio do coração”, disse.
Desesperada e sem parar de chorar, ela decidiu contar o ocorrido aos três filhos do casal. “Paulo entrou em casa de cabeça baixa. Na frente de todos, me pedia perdão repetidamente e implorava por uma nova chance. Em meio àquela loucura, confessou que ele e outro homem trocavam fotos de suas respectivas mulheres despidas, sempre clicadas sem consentimento, quando estávamos dormindo. Claramente, acreditava ser meu dono, e dizia se tratar apenas de um fetiche, como ele mesmo dizia, nada demais”, revelou.
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