Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na semana passada, pelo IBGE, o Espírito Santo tem 195 mil analfabetos entre pessoas de 15 anos ou mais. O número corresponde a uma taxa de 6,2% em todo o estado.
O levantamento foi feito ao longo de 2016, quando o total de analfabetos no Brasil foi estimado em 11,8 milhões de pessoas e “apresentou relação direta com a idade, aumentando à medida que a idade avançava até atingir 20,4% entre as pessoas de 60 anos ou mais”.
O número diminuiu em relação ao ano anterior, quando foram registrados 226 mil adultos analfabetos.
A taxa de analfabetismo para as pessoas pretas ou pardas (6,8%) mais alta do que a observada entre as pessoas brancas (5,3%) no Espírito Santo.
No estado, 50,8% da população de 25 anos ou mais de idade estava concentrada nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente (39,8% na Grande Vitória e 25,5% em Vitória); 27,2% tinham o ensino médio completo ou equivalente (32,3% na Grande Vitória e 24,8% em Vitória); e 14,5%, o superior completo (19,1% na Grande Vitória e 40,6% em Vitória).
Em 2016, o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade no Brasil e no Espírito Santo foi de oito anos. Na Grande Vitória, esse número médio foi 9,2 anos e em Vitória, 11 anos.
No estado, 1 milhão de pessoas frequentavam escola ou creche (534 mil, na Grande Vitória e 99 mil, em Vitória). Do total de estudantes, 76,4% frequentava escola pública (70,1%, na Grande Vitória e 56,0%, em Vitória), enquanto 23,6%, escola privada (29,9%, na Grande Vitória e 44,0%, em Vitória).
No Espírito Santo, 9% (14 mil) do total de estudantes do ensino superior de graduação frequentavam cursos tecnológicos. Na Grande Vitória, 9,9% (9 mil) e em Vitória, 6,2% (2 mil).
De acordo com o secretário de estado de Educação, Haroldo Rocha, a taxa de analfabetismo é maior em pessoas que tem mais idade e com autoestima baixa.
“As pessoas já não estão nem acreditando mais. Elas têm renda pequena, não estão integradas com a sociedade. Tem toda uma metodologia adaptada, mas, às vezes, a pessoa não acredita mais nela”, afirmou.
Rocha disse que o estado oferece programas de incentivo à educação, mas a própria população não se submete. Ele ressaltou que é necessário o esforço individual. “O conhecimento não é uma coisa injetável na mente, é adquirido, é produzido”, disse.
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