Morreu na madrugada desta quinta-feira (28), aos 54 anos, o músico Alexandre Lima. Ele estava em coma havia dez anos e estava sendo cuidado pela família em casa. Em 2013, ele sofreu um aneurisma da aorta, que o deixou acamado. O artista era uma das vozes do grupo Manimal e construiu sua carreira na área de cultura do Espírito Santo.
A informação foi confirmada pela família. O velório foi aberto ao público às 10h e vai até as 17h, no Palácio Sônia Cabral, no Centro de Vitória. Depois, segue em cerimônia restrita aos familiares no Cemitério Parque da Paz, onde ocorrerá o sepultamento.
Nas redes sociais, o músico Amaro Lima, irmão de Alex, publicou uma foto dos dois juntos e escreveu suas últimas homenagens. “Meu irmão, Deus te chamou, mas o barco do amor que você fez continua a navegar. Um dia, a gente se encontra novamente para trocar aquela de sempre”, disse.
Recentemente, o músico Gabriel O Pensador chegou a gravar um vídeo falando com carinho do amigo e músico capixaba.
No vídeo, Gabriel ressaltou a importância de Alexandre como músico e como artista. “São lembranças excelentes, muitos trabalhos, shows juntos. Ele vivia o seu auge, estava fazendo coisas pela música e pela sua cidade, até acontecer essa situação inesperada que o levou a continuar a vida de uma outra maneira”, disse.
Músico ficou em coma após aneurisma
Alexandre Lima passou mal em 29 de novembro de 2013, durante uma reunião para definir a programação de fim de ano na capital. O então secretário de Cultura de Vitória recebeu os primeiros socorros do próprio prefeito da época, Luciano Rezende, que é médico.
O músico entrou em coma após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante a cirurgia para a retirada de um aneurisma na aorta.
A família acusou o hospital e um médico plantonista que prestaram atendimento ao artista, em dezembro de 2013, por erro médico.
O ex-secretário chegou ao “estado vegetativo persistente” porque ficou sem receber oxigênio por tempo indeterminado, enquanto estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), segundo a família.
Alexandre não mexia os braços e as pernas e se alimentava através de sonda. A cada mês, cerca de 20 latas da alimentação especial eram usadas. Ele ficou 119 dias internado em 2013 e voltou ao hospital, por um mês, em dezembro de 2015, para tratar uma pneumonia. Até hoje, o músico precisava de cuidados especiais dentro de casa.
Homenagens
A Prefeitura de Vitória lamentou a morte do músico e disse que se solidariza com amigos, fãs e familiares desse “imponente nome do segmento artístico capixaba”. A PMV também decretou luto oficial de três dias por seu falecimento.
“Esta é, sem dúvida, uma enorme perda para o cenário musical e artístico capixaba. Estamos consternados, de luto e solidários principalmente à sua família. Alexandre deixa um grande exemplo de vida e importantes contribuições não só para a Cultura do Espírito Santo, mas também para a Cultura do Brasil”, declarou o secretário municipal de Cultura, Edu Henning.
Em uma publicação no X, o governador Renato Casagrande (PSB) lamentou a morte do músico e destacou a notoriedade nacional de Alexandre.
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