Análise de dados, inteligência artificial, internet das coisas, automação de robôs e cloud aplicados aos processos de manufatura. A 4ª Revolução Industrial ou Indústria 4.0, que vem moldando o futuro das profissões, parece um grande compilado de tudo que foi imaginado pelo cinema nas décadas de 60 e 80, por cineastas como Stanley Kubrick e Robert Zemeckis. E é bem isso mesmo.
A realidade tecnológica que só existia em icônicas ficções científicas, já bate à nossa porta e nos exige novas habilidades, que serão aliadas na melhoria de processos e na gestão do tempo – e no consequente aumento da produtividade e da lucratividade por meio da sinergia entre fatores humanos e tecnológicos em constante interação com os dados, o que chamamos de interoperabilidade.
Uma era de disrupção digital e convergência midiática, que permite e facilita o armazenamento e compartilhamento de informações, mudando a forma como os consumidores interagem e solucionam seus problemas. Assim, a indústria não apenas está apta a ditar tendências, mas também é alimentada por ‘modos de usar’, ‘necessidades’ e ‘preferências’ dos consumidores.
Para provar que esse futuro já está mais próximo do que imaginamos, trazemos dados. O Fórum Mundial Internacional estima que até 2025 – daqui a sete anos – 10% das pessoas já estarão usando roupas conectadas à internet e 5% dos produtos de consumo estarão disponíveis para impressão 3D. Ah, aqui a gente abre um parênteses – o Senai já conta com impressoras 3D no Laboratório Aberto de Moda do CentroModa na unidade de Araçás, em Vila Velha, ou o Instituto Senai de Tecnologia (IST) na unidade Beira-Mar. Outro dado bem interessante: 30% das auditorias serão realizadas por inteligência artificial, segundo o Fórum.
Explicamos o que é cada uma dessas novas tecnologias englobadas pela indústria avançada, para que você possa decidir qual desses conhecimentos quer adquirir para se conectar com o futuro.
- Internet das Coisas
O termo faz referência à possibilidade de objetos físicos poderem se comunicar entre eles via internet, coletando e trocando dados entre si e com o usuário. A viabilidade dessa comunicação se dá por meio da interconexão de microchips, que permitem a identificação de cada um dos devices na rede. Na indústria, eles são responsáveis por otimizar e facilitar os processos no chão de fábrica ou em qualquer outro setor.Estar antenado sobre o funcionamento, uso e manutenção de sensores e softwares, além da criação das redes que os conectam é uma boa pedida para quem quer se inserir nesse futuro tecnológico da Indústria 4.0.
- Big Data
O Big Data é o conjunto de dados amplos resultantes, por exemplo, da coleta de informações realizadas pelos sensores presentes em máquinas e de devices cada vez mais conectados à internet, que citamos no item anterior. Esses dados ajudam a prever padrões de produção, detectar falhas na produção e entender o perfil de consumo dos clientes. Entretanto, é necessário o uso de ferramentas específicas para conseguir lidar com o enorme volume dessas informações.Sendo importante e extremamente benéfica para a nova indústria, saber lidar com as ferramentas de Big Data, analisar e extrair as informações corretas dos dados coletados pode ser um grande passo para se inserir no contexto da 4ª Revolução Industrial e conquistar novos horizontes no mercado de trabalho. São essas análises que vão ajudar o setor – e as fábricas – a tomar as decisões mais acertadas.
- Inteligência Artificial
São programas independentes e baseados no reconhecimento de padrões, ou seja, na análise do comportamento e dos hábitos que permitem que o programa e os usuários consigam estar em sintonia – e que as máquinas tenham a capacidade para uma tomada de decisão de forma autônoma em diferentes situações. Simplificando: a Inteligência Artificial pode ajudar os robôs a gerenciarem a produção de um fábrica, por exemplo.Se você gosta de programação e está antenado com o futuro, essa pode ser uma ótima área para investir o seu tempo de estudo.
Realidade Aumentada
De forma simples e clara: é uma extensão computadorizada da percepção humana, que permite enriquecer a experiência real com informação virtual e com a possibilidade de interação nesse novo cenário. Sistemas baseados nesta tecnologia executam uma variedade de serviços, como selecionar peças em um armazém e enviar instruções de reparação por meio de dispositivos móveis. Um exemplo um pouco mais prático pode ser: as fábricas podem ser gerenciadas à distância, como se o usuário estivesse na planta.Os cursos nessas áreas costumam abordar a criação de simulações e aplicações em realidade virtual e aumentada, usando os softwares como o Unity3D e o SDK. Para programadores, essa também é uma área bacana para estudo visando as transformações do mercado de trabalho.
5. Robótica
Um dos campos mais crescentes no setor industrial, devido ao processo de automatização das fábricas, a Robótica poupa tempo e dinheiro, proporciona maior segurança para os funcionários em operação e, futuramente, serão capazes de interagir com outras máquinas e com os humanos, tornando-se mais flexíveis e corporativos.
O profissional que se dedicar a aprender mais sobre esta área terá muito a oferecer às empresas em transformação. E se você está interessado, o Senai-ES está oferecendo o curso de técnico em mecatrônica, na unidade Beira-Mar, em Vitória.
- Nanotecnologia
Não é um termo tão diferentão, mas é a cara da Indústria 4.0: a nanotecnologia é o entendimento e o controle da matéria em nanoescala, ou seja, em escala atômica e molecular. Ela atua no desenvolvimento de materiais e componentes, em nível atômico, em diversas áreas de pesquisa como medicina, eletrônica, ciências, ciência da computação e engenharia dos materiais, com o objetivo de elaborar estruturas estáveis e melhores do que se estivessem em sua forma “normal”.
Os displays OLED presentes em televisores e smartphones ou as finas películas para óculos, computadores, câmeras e janelas, só foram possíveis graças à nanotecnologia. Do que eu estou falando? Da capacidade de impermeabilidade, antirreflexo e autolimpeza que, hoje em dia, esses materiais possuem. A nanotecnologia já tem ajudado os setores de tecnologia de informação, energia, meio ambiente, segurança, tecnologia de alimentos e transporte a avançar.
Na Indústria 4.0, sua implementação pode ser no desenvolvimento de roupas inteligentes capazes de monitorar os sinais vitais do corpo humano, por exemplo. Já pensou? Então corre para estudar essa área, que ela promete e muito.
7. Dados digitais na nuvem
A chamada “nuvem” não é estranha a nós, familiarizados a armazenar fotos e documentos em aplicativos como Google Drive, Apple Cloud ou OneDrive. É uma ação que foi inserida no nosso dia a dia e que se tornou super usual.
E essa ação também é tendência dentro do setor industrial, que é beneficiado com a economia e redução de aparelhos que ocupavam espaços físicos. Outro benefício é a possibilidade de realizar um controle maior das operações, com a vantagem da mobilidade, apoiando os gestores a acompanharem o andamento das demandas e interferirem em tempo hábil na operação, caso necessário. Fora a facilidade de acesso aos arquivos e sistemas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Que tal virar um especialista em computação em nuvem?
O Sistema Findes tem o que você precisa
Nossas entidades educacionais – Sesi, Senai e IEL – têm o know how necessário para preparar esses profissionais do futuro, desde o ensino infantil, passando pelo técnico e o gestacional.
Em suas 12 unidades espalhadas por todo o estado, o Sesi-ES possui uma grade curricular diferenciada e inovadora. “A Educação do Sesi é voltada para o filho do trabalhador da indústria, mas também atendemos a comunidade, e isso faz com que tenhamos uma pegada tecnológica, nesse modelo de indústria para competitividade, da indústria 4.0”, reforça a Diretora de Educação, Priscilla Carneiro.
Antenado com as demandas da 4ª Revolução Industrial, o Sesi traz novidades para a sua grade curricular. Confira:
Programa de Orientação Profissional (POP)
O mercado de trabalho exige, cada vez mais, novas habilidades e conhecimento dos profissionais, muito além do porte de um diploma. Atento a isso, o Sesi lançou o Programa de Orientação (POP), a fim de mostrar para seus estudantes que a escolha de sua profissão deve ser baseada em suas afinidades, seus interesses reais e no que deseja para a sua vida.
A escola ajuda o aluno a construir o seu projeto de vida pessoal e profissional, possibilitando a tomada de decisão de forma mais assertiva. “Ensinar o jovem a elaborar o seu projeto de vida no ambiente escolar é uma excelente forma de dar mais validade às aprendizagens das disciplinas curriculares e a aplicabilidade delas no mundo”, aponta Priscilla.
O Sesi Jardim da Penha foi escolhido como a unidade-piloto, mas em 2019, o POP será expandido para as demais unidades do Estado, contemplando estudantes do 6º ao 9º ano escolar – Fundamental II.
A proposta é de – com a proposta de posicionamento de competências, em um trabalho conjunto com a família do estudante, para a construção do seu projeto de vida. A ideia é ajudar os estudantes a tomar decisões em sua vida, desde as de menor abrangência até as vitais ao desenvolvimento, além de proporcionar à família informações e conhecimentos acerca das aspirações dos seus filhos, envolvendo-os na trajetória escolar.
Já no Ensino Médio, o trabalho continua, mas com um novo enfoque. “No Ensino Médio, será trabalhado o coaching de carreira”, aponta Priscilla. “O POP atende às exigências da reforma do Ensino Médio e faz parte da agenda estratégica da Federação chamada Excelência da Educação. O objetivo do programa é fazer com que nossas crianças consigam chegar ao final do ciclo de fundamental com uma área de conhecimento posicionada e que no Ensino Médio ela possa ser desenvolvida”, explica.
O programa segue ainda a legislação que rege a Educação no Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) prevê, justamente, que a escola oriente os educandos no processo de escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profissional e também adote um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida. É importante destacar, que dentre as 10 competências gerais da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) duas delas estão associadas ao Trabalho/Projeto de Vida, ao Autoconhecimento e Autocuidado.
Educação Maker
Uma nova onda da revolução digital está sendo criada: o Movimento Maker, uma extensão da cultura Faça-Você-Mesmo ou, em inglês, Do-It-Yourself (ou simplesmente DIY), que tem em sua base a ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos.
Uma realidade possibilitada por novas tecnologias, como a impressora 3D e plataformas eletrônicas de baixo custo, que permitem a talentos de todas as idades materializem suas ideias, criando soluções próprias para dilemas novos ou antigos. Inserindo-se neste contexto, o Programa Maker de Educação do Sesi valoriza potencialmente a experimentação, para tornar o aprendizado do aluno mais significativo e desenvolver competências como criatividade, empatia e autonomia.
“Aulas teóricas estão sendo trocadas por atividades e projetos em laboratórios, que proporcionam uma experiência transdisciplinar e engajadora. O Sesi-ES quer levar o movimento maker para dentro da sala de aula: das aulas de matemática e ciências às aulas de artes e educação física, possibilitando uma tecnologia mais acessível, podendo ser usada não apenas como ferramenta, mas como parte do processo e do conteúdo”, aponta a Diretora de Educação do Sesi, Priscilla Carneiro.
Com este pensamento, o Sesi pretende adotar novas estratégias didáticas que colaborem com o desenvolvimento das habilidades exigidas pela nova indústria e também aumentar a satisfação dos alunos. Isso faz parte do que está sendo chamado de Educação 4.0 ou Educação Maker: uma mudança na forma como os conteúdos são trabalhados, introduzindo dinâmicas de trabalho mais ativas, mais colaborativas e mais desafiantes.
Programa Bilíngue
A Rede Sesi de Educação estabelece um novo patamar para o ensino de idiomas ao implementar, em 2019, o Programa Bilíngue. Assim, a instituição se adequa ao cenário atual e dinâmico em que estão inseridos os educandos, onde o acesso a outras culturas, informações e conhecimento é intenso e as exigências do mercado de trabalho apontam o segundo idioma com item obrigatório, em especial na Indústria 4.0.
“O Programa Bilíngue se torna uma mola propulsora para grande melhora do rendimento escolar do aluno e estabelece uma série de benefícios para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, de resolução de problemas a empatia, capacidades tão exigidas em um mundo cada vez mais conectado”, reforça a Diretora de Educação, Priscilla Marques.
O programa bilíngue vai da 1ª série do Ensino Fundamental até o 9º ano, por uma questão de modelagem de formação. E segue nos anos seguintes do Ensino Médio, com uma formação certificada e três aulas por semana.
Reconhecimento em Robótica
A Robótica Educacional está inserido no dia a dia dos alunos do Sesi-ES desde as séries iniciais do Ensino Fundamental II. E as equipes do Sesi Robótica têm conquistado reconhecimento local, regional e nacional. Em Brasília, durante a Olimpíada do Conhecimento 2018, no mês de julho deste ano, as equipes do Espírito Santo, representadas por alunos das unidades de Civit (Serra), Maruípe (Vitória) e Porto de Santana (Cariacica) alcançaram o primeiro lugar no Desafio de Robótica na Indústria, tanto modalidade individual quanto no desafio de alianças.
Em Vitória, no mês de agosto, os alunos do Sesi venceram a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e, agora, vão representar o Espírito Santo na etapa nacional da competição. As equipes Legos Vorazes (Sesi Maruípe), The Walking Lego (Sesi Jardim da Penha) e Power Girls (Sesi Maruípe) ficaram, respectivamente, com o primeiro, segundo e terceiro lugar do Nível 1 (alunos até o sétimo ano do ensino fundamental). Já no Nível dois (alunos do oitavo ano e ensino médio e técnico), a equipe The Kings (Sesi Linhares) ficou em primeiro lugar e viaja para João Pessoa (PB) entre os dias 6 e 9 de novembro para disputar com equipes de todo o Brasil.
As matrículas do Sesi estão abertas e você pode fazer seu cadastro de interesse clicando aqui!
Senai
O Senai-ES possibilita aos seus alunos um ensino completo, profissional e tecnológico, com unidades dotadas de infraestrutura completa, compostas por equipamentos modernos para que seja realizado o bom casamento entre a teoria e a prática. Ou seja, para que os estudantes aprendam “colocando a mão na massa”. A instituição está se reposicionando para atender às demandas da Indústria 4.0 e lançando novos produtos voltados para o futuro mercado de trabalho:
Curso Técnico em Mecatrônica
Essa é a primeira vez que o Espírito Santo conta com um curso técnico na área, oferecido no Senai Beira-Mar, em Vitória, em atendimento às demandas da Indústria 4.0, sobretudo em inovação tecnológica no campo de automação, controle e tecnologia da informação. Essa é uma área que aumenta a produção e o desempenho, reduz custos e acirra a competitividade do setor industrial, preparando o aluno para o desenvolvimento dos sistemas automatizados de manufatura. Para esse curso, novos equipamentos e inovadores foram adquiridos, além de utilizar o laboratório do curso técnico em automação industrial.
Pós-técnico em Produtividade, Aperfeiçoamentos em Lean Manufacturing (MBA em Lean Manufacturing)
Esse curso faz parte das ações educacionais de aprofundamento de competências relacionadas à um determinado perfil profissional, desenvolvido na educação profissional técnica de nível médio, em parceria com o IEL. Denominado “especialização técnica em Eficiência Operacional”, o objetivo é coordenar pessoas e recursos da produção, implementar e manter processos produtivos integrados seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e preservação ambiental. O curso destina-se aos técnicos das áreas industriais, engenheiros e profissionais de áreas afins.
A formação foi organizada de modo que é possível cursar o programa integralmente ou parcialmente. Deste modo, a certificação ocorrerá conforme capacidades adquiridas, sendo que o concluinte de todo o programa receberá a certificação de Especialista Técnico em Eficiência Operacional.
Cursos de Indústria Avançada
Alinhado ao novo cenário industrial, o portfólio do Senai-ES conta com cursos de curta duração voltados ao aperfeiçoamento profissional nas tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 e o fortalecimento dos conceitos da 4ª Revolução Industrial:
– Conectando Conceitos na Prática – 40 horas;
– Explorando Big Data – 56 horas;
– Programação Móvel para IoT – 40 horas;
Lean Educacional
Cinco unidades do Senai-ES vão receber o piloto da metodologia Lean Educacional em suas oficinas de usinagem ainda no ano de 2018. O projeto tem como propósito a redução dos desperdícios presentes dentro do âmbito educacional, aumentando a qualidade do ensino e otimizando seus recursos dentro das escolas SENAI.
Indústria 4.0 na grade curricular
A partir de 2019, os cursos oferecidos pelo Senai-ES terão os conceitos das principais tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 em sua grade curricular, como sensoriamento, virtualização, internet das coisas, big data, além de conhecimentos sobre as novas tecnologias digitais, técnicas de programação e análise de dados, resolução de problemas complexos, por meio das chamadas competências socioemocionais.
Eficiência operacional
Os cursos técnicos do Senai-ES já contemplam conhecimentos de Lean Manufacturing como forma de capacitar os alunos a identificar os desperdícios, tratar os gargalos e aumentar a produtividade da indústria.
IEL
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) prepara as empresas capixabas para um ambiente de alta competitividade, oferecendo soluções em gestão corporativa, educação empresarial e desenvolvimento de carreiras. Somente nos últimos sete anos, a entidade inseriu 20.154 estagiários no mercado de trabalho e capacitou 41.610 profissionais no Espírito Santo. A instituição também realizou cerca de 160 mil horas de consultoria em atendimento as demandas das empresas capixabas. A instituição oferece cursos livres de curta, média e longa duração, além de cursos de pós-graduação MBA e programas como o de Educação Executiva, que oferece intercâmbio em instituições renomadas, como a Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
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