O trabalho médico aliado aos avanços tecnológicos na medicina estão permitindo que pessoas vítimas de acidentes graves envolvendo a coluna vertebral não apenas sobrevivam, mas se recuperem plenamente e com qualidade de vida. Este foi o caso da geóloga Luma Pimentel Ribeiro, 26 anos, que sofreu uma queda grave durante uma descida de tirolesa na propriedade da família, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo.
O acidente aconteceu no dia 1º de agosto de 2020, um sábado. Luma explica que ao final da descida, o cabo de aço esticou e a lançou contra o terreno, como se fosse um chicote. Ela bateu as costas no chão e machucou o braço.
“Fui projetada para trás e caí de costas no chão. Minhas pernas vieram ao encontro da minha cabeça. Parte da minha vértebra teve um esmagamento e diminuiu 60% de seu tamanho original, por causa dessa dobra que a coluna fez para dentro”, conta Luma.
A geóloga foi levada para o Hospital Meridional, na Serra, onde foi avaliada por dois ortopedistas de plantão, que constataram a gravidade do quadro. No dia seguinte, 2 de agosto, o caso foi assumido pelo ortopedista Lourimar Tolêdo.
“Luma teve uma fratura grave na coluna vertebral, onde houve a perda da altura da vértebra, uma destruição completa dos ossos. E os fragmentos estavam todos em volta, quase seccionando a medula. Felizmente, isso não aconteceu, mas ela correu um risco elevado tanto na hora do acidente quanto no transporte para o hospital e depois da unidade hospitalar para a sala de cirurgia”, explica Lourimar Tolêdo, do Ráquis Instituto da Coluna.
Cirurgia
Luma foi submetida a uma cirurgia de descompressão medular e estabilização (fixação) com 9 parafusos pediculares e 3 hastes longitudinais de titânio.
“Fizemos a cirurgia com monitorização neurofisiológica, que é um exame diagnóstico que identifica lesões no sistema nervoso durante cirurgias ortopédicas, possibilitando a reversão da lesão em muitos casos e evitar sequelas. Tudo transcorreu da forma como prevista”, disse Lourimar Tolêdo.
Após o procedimento, Luma usou um colete ortopédico durante oito meses e se recuperou plenamente. Ela já voltou a descer de tirolesa e pratica crossfit.
“Eu estou ótima, até melhor do que antes do meu acidente. Hoje, não sinto nenhuma dor relacionada a isso”, afirma Luma.
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