A classificação como melhor hotel do mundo gerou um boom de reservas no Colline de France, localizado em Gramado, no Rio Grande do Sul. O título saiu na quinta-feira passada (13) e provocou rebuliço entre interessados, inclusive do exterior.
“Em cinco dias tivemos o equivalente a oito meses de reserva. Só hoje recebemos 300 reservas e foi preciso colocar outro número de telefone à disposição no site. A procura foi espantosamente maravilhosa. O site já caiu cinco vezes e até telefone chegou a estragar de tanta ligação”, conta Jonas Tomazi, dono do hotel, entre risos “de nervoso”, segundo ele.
Antes do prêmio, o hotel tinha baixa nas reservas entre segunda a quinta-feira. Porém, com a classificação, a situação mudou. “Agora a gente não tem dia tranquilo”. Até as redes sociais do hotel registram fluxo anormal de interessados.
“No Instagram a gente respondia tudo milimetricamente, mas hoje tenho 200 mensagens para responder e outras 200 aguardando aprovação — de pessoas que não nos seguem”.
Reforço na equipe
O cenário forçou o hotel a contratar mais gente. Desde o anúncio do prêmio, três pessoas já foram efetivadas — duas delas para atuar na recepção e outra no bistrô — e há processo de contratação aberto para pelo menos mais três. A maior parte dos novos funcionários vai atuar na recepção. Tamanha preocupação com essa área se explica por uma percepção de Tomazi: “80% do prêmio vem pelo atendimento do hotel”.
Até o anúncio do prêmio, o Colline de France tinha 38 funcionários, mais de um por quarto — ao todo são 34 acomodações, divididas em cinco categorias. Agora, vai dispor de 44 trabalhadores. “É para entrar aqui e não fazer o mínimo esforço.” Outros hotéis do mesmo tamanho, segundo o proprietário, têm, normalmente, 12 funcionários.
Apesar do rebuliço desde o prêmio, a classificação não é novidade. Inaugurado no final de 2018, o hotel ocupava a liderança no ranking nacional, entre os hotéis vips, desde 26 de janeiro de 2019. “A gente nunca entrou no ranking internacional porque parece que precisa estar há dois anos na classificação nacional”, explica Tomazi.
Reservas quase esgotadas
A alta demanda fez esgotar as reservas no hotel para os próximos dias. Só há um quarto disponível para 1º de junho, com check-out para o dia seguinte. E a um custo de R$ 2.880.
O quarto disponível é o Imperial-Suite master. Com 42 metros quadrados, o espaço possui banheira de hidromassagem e cromoterapia, cama king size, toalhas e lençóis 300 fios e uma máquina Nespresso. Além do piso aquecido, o local possui sistema de calefação.
Há outros quatro tipos de quartos com preços mais acessíveis no hotel, mas sem lugar disponível para check-in em 1º de junho. Porém, no final de semana dos dias 6 e 7 de junho ainda é possível reservar três desses espaços.
Nesta época, a Imperial-Suite master aumenta de preço e vai para R$ 3.120 por noite. Já o Majestic-Suite deluxe fica por R$ 2.640 e o Petit Colline – suíte standard custa R$ 1.440 a noite. Já os quartos Grand Colline e Colline estão indisponíveis para a época.
Inspiração francesa
O estabelecimento tem a França como inspiração e pretende ser “um pedacinho da Europa no Brasil”. São nada menos que 300 lustres espalhados pelo local. Croissant e outros quitutes franceses estão garantidos no café da manhã.
Outras atrações, cobradas à parte, são o centro de bem-estar com tratamentos terapêuticos e massagens e o restaurante Bistrot, com pratos franceses como boeuf bourguignon.
Os quartos se diferenciam pelo tamanho, capacidade, mobília e tipo de decoração. Entre as mobílias, estão móveis esculpidos a mão em estilo imperial, como um sofá de veludo inspirado em Luís XV. Todos os banheiros possuem acabamento de mármore, espelho retrátil e amenidades da L’occitane au Bresil.
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