
O italiano Giacomo Castiglia, radicado há mais de 20 anos em Nova Venécia, usou a sua página no Facebook na manhã desta segunda-feira, 18, para mostrar sua indignação com as piadas, memes e os comentários feitos sobre a escultura talhada por suas mãos, fincada na Cidade Alta de Nova Venécia – que representa um cafeicultor.
Em meio ao texto publicado, Castiglia fez questão de esclarecer que no começo achou que tudo fosse apenas uma brincadeira, mas que após analisar que o assunto povoou a internet, achou inconcebível que o alvoroço fosse tão alastrado e duradouro. Na Internet, os usuários teceram vários comentários ironizando a obra, seu preço e também o seu desenho, que pelo visual chegou a receber o apelido de “Alemão da Picona”.
O italiano prosseguiu frisando que “foram especulações gratuitas e ofensivas de pessoas, fruto da ignorância de mente perturbada, ou melhor, doente e de galinhas, no sentido masculino e feminino, que fazem barulho no galinheiro”, detonou.
Adiante, citou o trabalho desenvolvido pela administração municipal, revelando que esta “trabalha e faz muitas obras nos diversos setores da sociedade veneciana, desafiando problemas que estão sendo resolvidos e assim por diante”.
“Como cidadão veneciano é o que eu vi e sei. Não falo a comando, não defendo ninguém, porque ninguém precisa ser defendido. Não sou puxa-saco de ninguém. Quem me conhece sabe muito bem como eu penso. Os antecessores do atual prefeito sabem e podem confirmar. Em mais de 20 anos conheci diversos, como Francisco Forza, Adelson Salvador, De Prá e Japonês”, listou.
Sobre a obra, Giacomo concluiu seu texto dizendo que não foi feita com recursos da saúde, da educação ou de qualquer outro setor, e sim da pasta específica como verba carimbada da Secretaria de Cultura.
Ele também abordou as especulações sobre o valor do monumento, dizendo que “a obra foi adquirida pela Prefeitura, não pelo fato de o prefeito ser meu amigo ou que este quis homenagear seus familiares (em alusão a Adélio Lubiana, cafeicultor e pai do prefeito de Nova Venécia) e sim por valorizar artisticamente e arquitetonicamente a Cidade Alta que nunca teve uma obra assim. Penso que as pessoas deveriam dar valor a isso. O prefeito fez um bom negócio porque o valor da obra não seria suficiente para enfrentar o custo do bloco único; da preparação antes de ser esculpido e para a compra do equipamento, tudo diamantado e importado, sem contemplar o tempo para a execução da obra, transporte, energia e outros. Do valor total do custo da obra, precisa tirar o valor do imposto e eu, como pessoa física tenho retido na fonte, a beleza de 33% do valor total. Pago imposto não?”, finalizou.

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