O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) recomendou ao
diretor-geral da Multivix, Tadeu Antonio de Oliveira Penina, que suspensa
imediatamente a divulgação do resultado da primeira etapa do vestibular de
Medicina da instituição e realize novas provas para os candidatos já
inscritos. A faculdade tem prazo de 15 dias para informar ao MPF a data do
novo processo seletivo.
A prova objetiva do vestibular de Medicina da Multivix aconteceu no último
dia 20. e, de acordo com denúncias de candidatos participantes, no momento
da prova, em uma das salas em que era realizado o processo seletivo, alguns
candidatos receberam cadernos de prova em que era possível identificar a
resposta correta das questões.
Os candidatos alertaram os fiscais de prova do ocorrido e receberam novos
cadernos de prova. No entanto, perceberam que se tratava da mesma prova,
com a única diferença de não haver marcações indicativas de resposta.
Segundo os estudantes, a demora na troca das avaliações teria permitido que
parte dos concorrentes memorizassem ou anotassem as respostas indicadas nos
primeiros cadernos de provas recebidos.
Para o MPF, “houve flagrante tratamento desigual entre os candidatos,
favorecendo determinados concorrentes em detrimento de outros”. Isso retira
do processo seletivo o caráter de igualdade que lhe deveria ser intrínseco.
A recomendação foi assinada pela procuradora da República Elisandra de
Oliveira Olímpio e enviada para a Multivix nesta terça-feira, 24 de
outubro. Não havendo acatamento da recomendação, poderão ser adotadas, em
face dos responsáveis, as medidas judiciais cabíveis.
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