Elias de Lemos (Correio9)
Esta semana a série ‘Os Invisíveis’, que vem sendo publicada pelo jornal Correio9, conta a situação da família de Leia Barbosa da Silva, de 42 anos. Ela é moradora do Bairro São Cristóvão, em Nova Venécia, onde vive com o marido e quatro filhos.
A casa é pequena, com dois quartos, uma sala, um banheiro e a cozinha, que é minúscula e não tem janela. A cobertura é de telhas de amianto, não tem forro e por isso os moradores enfrentam, resignados, o calorão veneciano. Não tem camas para todos e, sem um armário, as roupas são guardadas em caixas.
Leia está desempregada e há pouco tempo operou de varizes, mas, diante da necessidade de lutar pela sobrevivência, não guardou o repouso e vai ter que passar por nova cirurgia.
O marido também está sem trabalho e vivendo de “bicos”. Na semana passada conseguiu trabalhar, apenas dois dias. Para complicar, ele sofre de pressão alta, gastrite, hérnia e refluxo.
Juntando a falta de emprego e os infortúnios causados pelas doenças, a família passa por privações e depende da solidariedade.
O casal tem quatro filhos de 20, 17, 16 e um de 11 anos, sendo que os dois mais velhos têm problemas neurológicos e precisam de encostar pelo INSS, mas, a família não está conseguindo. Além disso, o filho mais velho foi diagnosticado com gordura no fígado e problemas na tireoide. Ela precisa de um advogado para agir na causa da aposentadoria dos filhos, mas não tem condições de pagar.
A família precisa de ajuda, pois vem passando por necessidades básicas e as contas estão se acumulando. Um dos temores atuais de Leia é com três talões de água (eram quatro, mas, uma amiga pagou um) e quatro de energia que estão empilhados.
Ela disse que tem conseguido os remédios de que precisam e, também, tem recebido ajuda de pessoas que contribuem com alimentos, mas as contas de água e energia têm tirado o seu sono. No dia em que a reportagem do Correio9 esteve na casa da família, no Bairro São Cristóvão, outra preocupação rondava a cabeça de Leia: o gás de cozinha estava no fim. Para economizar, ela improvisou um fogão do lado de fora para cozinhar o feijão à lenha.
Quem passa necessidades básicas como as que esta família vem passando tem pressa e não pode esperar. Problemas como os relatados aqui agravam ainda mais as doenças, além de produzir outras, como a pressão psicológica que enfrentam para sobreviver.
Se você chegou até aqui e pode contribuir de alguma maneira, pode telefonar para alguns dos números a seguir: (27) 99782-9296 ou 99978-9200 que vamos buscar a sua contribuição. Se preferir, doações podem ser entregues na Redação do Correio9, que fica à Rua Aimorés, 243, no Bairro Filomena. Mas é possível, ainda, entregar diretamente à família à Rua W Leste, número 13, atrás da antiga Gramacap, no Bairro São Cristóvão.
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