O Serviço de Alfândega da Nigéria apreendeu 7,1 toneladas de escamas de pangolim, embaladas para exportação. Algumas garras de pangolim e marfim também foram apreendidos de três pessoas que, acreditam as autoridades nigerianas, fazem parte de uma rede criminosa transnacional na região da África Ocidental.
A organização seria responsável por cerca de 50% do tráfico de vida selvagem desde 2019, afirmou a Comissão de Justiça da Vida Selvagem da Nigéria em um comunicado na quarta-feira (4/8). A apreensão foi a nona maior registrada globalmente nos últimos três anos.
Autoridades internacionais contribuíram para a recuperação de pelo menos 90 toneladas de escamas de pangolim desde 2019 em países como Cingapura, China e Vietnã. Cerca de 25 toneladas dessas foram apreendidas somente na Nigéria.
Espécies de pangolim, possivelmente os mamíferos mais traficados do mundo, estão à beira da extinção devido ao tráfico em massa de escamas usadas para joalheria e remédios tradicionais chineses, segundo o órgão de proteção à vida selvagem.
O pangolim está sendo estudado pelas autoridades de saúde do mundo como a possível fonte da atual pandemia de Covid-19. Estudos mostram que vários exemplares apreendidos há três anos a mais de mil quilômetros de Wuhan, onde provavelmente tudo começou, estavam infectados com um vírus geneticamente muito semelhantes ao SARS-CoV-2.
Em outro estudo, cientistas descobriram que as sequências genéticas de diversas cepas de coronavírus encontradas em pangolins foram entre 88,5% e 92,4% semelhantes às do novo coronavírus. Cientistas e defensores dos animais dizem que esta é mais uma razão para banir o comércio ilegal desses mamíferos com escamas.
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