Judô e vôlei têm sido, nos últimos anos, vitais para o esporte olímpico brasileiro. Cada uma das modalidades foi ao pódio mais de uma dezena de vezes nas últimas três edições dos Jogos e foram os carros chefes do Brasil nas Olimpíadas de Pequim 2008, Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016. Para 2020, essas duas modalidades até estão preparadas, mas terão outros três esportes como “rivais” nesta disputa sadia: surfe, skate e taekwondo.
O skate tem tudo para ser o esporte com mais medalhas. Serão três atletas em cada categoria – park e street no masculino e feminino – o que resultará em 12 chances reais de pódio em Tóquio, com pelo menos quatro atletas favoritos. É bem possível que essa seja a modalidade que mais vezes estará no pódio nos Jogos.
Mas, claro, o vôlei não pode ser esquecido. Mesmo em uma fase não tão boa na quadra entre as mulheres, o time nunca pode ser descartado na lista de favoritos. O masculino segue na lista dos mais cotados. Na praia, são duas duplas fortíssimas no feminino, e dois times que chegarão com chances boas entre os homens. Mas eles precisam melhorar no entrosamento.
O judô não está tão forte como no último ciclo, mas deve conquistar três, talvez até quatro medalhas. Se o judô masculino ainda sofre com a renovação, mas conta com atletas bem regulares no peso pesado, as mulheres seguem com pelo menos três grandes chances: Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Maria Suelen. Ainda há uma grande possibilidade na prova por equipes. Alguns outros nomes brigam por fora: Larissa Pimenta, Daniel Cargnin e Maria Portela.
Para ser o esporte mais medalhado do Brasil em Tóquio 2020, o surfe terá uma difícil missão: 100% de aproveitamento, com duas medalhas masculinas e duas femininas, já que há um limite de dois atletas em cada naipe de cada país. Dois surfistas no pódio é bem possível, tanto faz quais os nomes (Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo brigam pelas vagas). No feminino, Silvana e Tati-Webb devem se classificar, mas não chegarão exatamente como favoritas. Os Jogos Mundiais de surfe, esta semana, demonstraram que elas têm chances.
O taekwondo conquistou, no último Mundial, o incrível número de cinco medalhas, mas o resultado não será repetido na Olimpíada, pois é praticamente impossível um país levar mais de quatro atletas. A Confederação e o Comitê Olímpico terão uma dor de cabeça positiva para definir as categorias que vão tentar vagas olímpicas. No masculino, há três medalhistas no Mundial – Ícaro Miguel, Paulo Ricardo e Maicon Siqueira, além de Edival Netinho, que mesmo sem medalha na principal competição do ano, foi campeão do Pan e é o mais regular no Circuito. No feminino, há uma disputa direta entre Caroline (vice-campeã mundial até 62kg) e Milena Titoneli (bronze no Mundial até 67kg). Tem também Talisca Reis, vice-campeã do Pan, e alguma atleta do peso pesado.
Com apenas 16 atletas em cada chave na Olimpíada, a partir do momento que os atletas brasileiros estiverem classificados, a chance de medalha é real. E, se o país conseguir levar o time completo: dois homens e duas mulheres, serão quatro chances reais de pódio.
Além dos cinco esportes citados, o país tem ótimas chances em pelo menos outras doze modalidades, com destaque para a canoagem, ginástica, natação e atletismo.
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