A mobilização, que teve início por volta das 9 horas com concentração no Sindicato dos Trabalhadores Rurais e seguiu até a rua Des. Santos Neves, onde acontecia simultâneamente a Feira da Agricultura Familiar.
Os organizadores do evento programaram paradas estratégicas em frente à Prefeitura Municipal, e na rua XV de Novembro (a mais movimentada da cidade), onde representantes de entidades organizadas promoveram reflexões em apoio à igualdade de direitos e discursos alertando sobre os índices alarmantes de violência contras mulheres.
Os participantes exibiam faixas e cartazes citando vários casos de violência contra mulheres que vieram a óbito no município. Os pais e familiares da jovem Katiane Renock Zava, de 17 anos, desaparecida misteriosamente no município em 24 de julho deste ano, cujo caso, segue sem solução, participaram da passeata.
Muitas pessoas fizeram o uso da fala durante a manifestação, como a advogada Amanda Areia de Souza, que discursou sobre os direitos civis das mulheres; os estudantes de Geografia do IFES, Higor Marcos Pena (Igualdade de gênero), e Sara Regina Horsts (tipos de violência contra a mulher ); a ex-primeira dama e professora Karin H. Dieter (Igualdade de gênero e violência contra a mulher ); o professor do CEIER Guilherme Alves Pereira (caso Katiane Renock Zava)e Maria Francisca T. Pavan (ações da Cáritas no Brasil, Estado e região) e ainda representantes da secretaria da mulher do Sindiupes.
A ação faz parte da Semana da Solidariedade, promovida pela Caritas, entidade ligada à Igreja Católica, em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio das secretarias de Assistência Social/Educação (escolas da Rede Municipal), CEIER, IECLB e demais Igrejas do município.
O objetivo da caminhada foi chamar atenção para o problema da violência contra as mulheres que atinge índices alarmantes e preocupantes no país, no estado do Espírito Santo e também em Vila Pavão.
Uma equipe da Polícia Militar e Conselho Municipal de Segurança Pública acompanharam a marcha para ajudar a controlar o trânsito na cidade.
Segundo organizadores, o movimento foi importante neste momento, posto que o Espírito Santo é um dos estados mais violentos para as mulheres, e Vila Pavão, apesar de ser um município pequeno, se destaca no cenário da violência contra as mulheres. “É uma mobilização que defende todas as mulheres independentes da cor, religião, profissão e opção sexual. A intenção é combater o machismo e a violência”, disseram.
Segundo a representante da Caritas de Vila Pavão, Vera Lúcia Elias, devido à realidade do município, as abordagens sobre violência de gênero, racismo, feminismo e igualdade de direitos têm sido constantemente discutidos pela sociedade local. Na próxima quinta-feira (16), os organizadores do movimento irão se reunir para fazer uma avaliação do evento e programar novas ações para não deixar a iniciativa morrer.
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