Passou a “Superlua de sangue”, mas 2019 ainda reserva um fenômeno astronômico incomum. Esta terça-feira (19) terá sua própria Superlua, embora sem a combinação de um eclipse lunar. Se trata da Lua em fase cheia e no perigeu mais próximo da Terra neste ano – e até janeiro de 2023.
Às 6h09 (de Brasília), a distância da Terra para a Lua será de 356.763 quilômetros, o ponto mais próximo para observá-la. No entanto, ela só entrará na fase cheia às 12h54, horário em que o satélite poderá ser visto quase 8% maior do que o comum.
Considerando a combinação perigeu e fase cheia, o fenômeno de terça-feira terá a terceira “maior” Lua dos próximos 10 anos, da perspectiva de quem está na Terra. Maior do que hoje, só na véspera de Natal de 2026.
Se você está curioso para ver a Superlua, porém, terá que esperar o anoitecer. Pelo horário do fenômeno, os brasileiros não irão ver nem o perigeu mais próximo, nem a Lua “mais cheia” do dia. No entanto, para o nosso olhar, isso significa uma diferença mínima.
“Nós aqui do Brasil não vamos ver o momento em que ela está mais perto da Terra, nem o momento que ela vai estar a maior parte da superfície mostrada pelo sol. A olho nu você não nota essa diferença. Na hora que a lua estiver nascendo, ela vai estar linda, bem perto”, disse Renato Las Casas, professor de astronomia do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
“Claro, dependendo das condições meteorológicas”, adicionou.
“A diferença da tarde para a noite, em termos de Lua cheia, é quase imperceptível. Então a Lua cheia será uma Superlua”, explicou Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador da Sociedade Astronômica Brasileira.
Então torça para o tempo estar aberto no anoitecer desta terça-feira, porque assim você poderá ver uma Lua mais próxima e mais iluminada do que o normal. É só olhar para cima.
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