O ano de 2025 começou com um marco preocupante para o planeta: janeiro foi o mês mais quente já registrado na história, com temperaturas médias globais 1,75°C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), segundo dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S). O aumento do calor prolonga uma tendência alarmante, em que 18 dos últimos 19 meses superaram a marca de 1,5°C, limite estabelecido pelo Acordo de Paris para evitar colapsos ambientais irreversíveis.
Além das altas temperaturas atmosféricas, os oceanos também seguem aquecendo. A temperatura média da superfície do mar em janeiro de 2025 foi de 20,78°C, a segunda maior já registrada para o mês. Esse aquecimento ameaça recifes de coral e outros ecossistemas essenciais para a biodiversidade marinha e a segurança alimentar global.
“Estamos diante de um momento crítico. Os recordes de temperatura demonstram que a crise climática não é um problema futuro, mas sim uma realidade presente. Precisamos de ações concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos desse aquecimento”, alerta Luana Romero, diretora executiva do Ideias.
A urgência da ação climática
O principal fator por trás do aquecimento global é a queima de combustíveis fósseis, responsável pela liberação massiva de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera. A intensificação das mudanças climáticas tem alterado padrões meteorológicos e provocado eventos extremos, como ondas de calor mais intensas, tempestades violentas e secas prolongadas.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de ações coordenadas para reduzir os impactos climáticos. Entre as medidas essenciais estão:
- Transição para energias renováveis: Investimentos em fontes limpas, como solar e eólica, são fundamentais para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
- Reflorestamento e preservação ambiental: Manter e recuperar áreas de vegetação nativa ajuda a capturar carbono e proteger a biodiversidade.
- Políticas públicas e acordos globais: Governos e empresas precisam se comprometer com metas ambiciosas para a redução de emissões e adoção de práticas sustentáveis.
- Mudanças no consumo e na produção: Incentivar práticas mais sustentáveis no agronegócio, na indústria e no transporte pode reduzir significativamente a pegada de carbono.
“A crise climática exige esforços conjuntos. Ainda há tempo para reverter parte dos danos, mas cada ano que passa sem medidas efetivas torna essa tarefa mais difícil. É essencial que governos, empresas e sociedade atuem juntos para construir um futuro sustentável”, reforça Luana Romero.
As discussões sobre o aumento das temperaturas deverão ser aprofundadas em fóruns e eventos como a COP30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – que acontece em novembro no Brasil, além das Comissões de Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas, que terão papel fundamental na formulação de políticas para enfrentar essa crise.
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