
Elias de Lemos (Correio9)
Há menos de dois anos para terminar o seu terceiro mandato no governo do Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) já escreveu seu legado na história capixaba. Na última semana, duas notícias de fora do governo atestaram isso. O Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses) foi considerado o 3º melhor do mundo e o melhor da América Latina (AL). A outra é que a avaliação do governador supera à do seu próprio governo.
O Fundo Soberano foi criado por Casagrande, pela Lei Complementar nº 914, preparado para proporcionar investimentos estratégicos e sustentáveis financiados com recursos oriundos dos royalties da exploração de petróleo e gás natural no Estado, visando beneficiar as atuais e futuras gerações. É a preparação do estado para o futuro.
Mas, o Funses vai além, tendo entre outros objetivos o papel de proteger a economia capixaba das instabilidades causadas pelo preço do petróleo, as quais afetam as receitas governamentais. Neste sentido, o Fundo serve, também, como uma reserva financeira e como poupança para amenizar eventuais riscos e contribuir com a execução da política fiscal do governo em períodos de instabilidade.
O Funses foi eleito o terceiro melhor do mundo e melhor da América Latina devido ao seu modelo de governança, a transparência e os impactos positivos no desenvolvimento econômico capixaba. O estudo que chegou a esta conclusão é do Instituto de Estudos de Fundos Soberanos (IEFS), que analisou 100 fundos em 69 países dos cinco continentes. Juntos, eles reúnem US 11,8 trilhões (o equivalente a R$ 70, 56 trilhões).
O estudo avaliou 20 itens para verificar se o fundo analisado possui altos padrões de governança, transparência e estrutura. Cada item recebe um ponto na classificação geral. Ao Funses, foram atribuídos 15 pontos numa escala de 20 na avaliação, ficando em 3º lugar no ranking mundial, junto com Estados Unidos, Bélgica e Grécia. A primeira colocação ficou com o Fundo Soberano da Noruega, com 17 pontos.
Na classificação por região geográfica, o Funses ficou em primeiro lugar entre 14 fundos analisados em 7 países. Um dos destaques foi o quesito verificação “Código de Conduta”, em que apenas o Funses pontuou na região.
O reconhecimento internacional chancela a estratégia e eficiência do Fundo, destacando-o como modelo para outras unidades da federação e aprovando a capacidade do Estado de planejar o futuro com responsabilidade, inovação e previsibilidade.
Avaliação do governador supera a do governo
A avaliação pessoal do governador Renato Casagrande supera a do seu próprio governo. Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas apontou que para 51% dos capixabas o governador é ótimo ou bom. A avaliação do governo, entre ótimo e bom, soma 45%.
Em março foram realizadas mil entrevistas em domicílios de todos os 78 municípios do Estado. O levantamento tem margem de erro de 3,1%.
São notícias animadoras, mas tem uma terceira, divulgada anteriormente. Casagrande lidera com folga as intenções de voto para o Senado nas eleições de 2026.
Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas aponta que o governador tem 46,2% das intenções de voto para o Senado. A segunda vaga é disputada por três candidatos tecnicamente empatados na margem de erro de 2,6%.
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), com 22,5%; o ex-governador Paulo Hartung (sem partido), com 21,5% e o deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos), com 20,5%.
O governador tem até maio de 2026 para decidir se será candidato ou não ao Senado. Aliados defendem a candidatura.





































































































































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