
A edição de 2024 da ASCO (Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), que foi realizada em Chicago, Estados Unidos, no início de junho, trouxe boas notícias no combate ao melanoma, um tipo de câncer de pele com alta taxa de mortalidade. Pesquisadores desenvolveram uma vacina e estudos revelaram que 75% dos pacientes que receberam a medicação permaneceram livres do câncer após três anos.
O imunizante utiliza a mesma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) da COVID-19, foi liderado por pesquisadores da Universidade de Nova York, e combinou a inovadora vacina de mRNA-4157 (V940), da Moderna, com o Keytruda, da Merck (pembrolizumabe), uma imunoterapia já bem estabelecida. O tratamento foi administrado em pacientes após a cirurgia para remoção de melanoma em estágio III ou IV.
“Uma vacina funcionando contra o câncer é algo que pode representar uma mudança de visão de tratamento em oncologia de uma maneira geral. Eu vejo esse avanço como um marco importantíssimo e esses estudos demonstram a possibilidade de sucesso de formas diferentes de tratamento do que aquelas que nós vínhamos utilizando”, comenta Bernardo Garicochea, oncologista e hematologista da Oncoclínicas&Co.
O especialista, que esteve presente na ASCO e acompanhou a apresentação do ensaio clínico em sessão plenária, classificou como impressionante essa nova abordagem de vacina somada à imunoterapia. Contudo, ainda é preciso aguardar ensaios maiores e mais longos para confirmar a efetividade apontada pelos dados iniciais.

“Ao contrário das vacinas tradicionais, que previnem doenças, as vacinas contra o câncer são projetadas para tratar a doença já existente. O ensaio utilizou a vacina mRNA-4157 adaptada às células cancerosas específicas de cada paciente, aprimorando assim a capacidade do organismo de reconhecer e atacar o ‘inimigo’. O pembrolizumabe apoia esse processo ativando as células T, nossos defensores na linha de frente do sistema imunológico”, complementa o médico.
Um ensaio clínico de fase III terá início a partir de agora, com o objetivo de testar o tratamento combinado em pacientes com melanoma de alto risco e câncer de pulmão não pequenas células.
“Essa é mais uma mostra de como a oncologia de precisão, suportada pelo avanço no conhecimento genômico do DNA, pavimenta caminhos para curarmos cada vez mais pacientes. Esse estudo contribuirá para a melhora contínua das taxas de sobrevivência dos pacientes com melanoma, tornando a doença significativamente menos letal e conferindo mais qualidade de vida a essas pessoas”, pontua Bernardo Garicochea.
Conforme estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil deve registrar cerca de 8.980 diagnósticos de melanoma em 2024. Apesar de ser um tipo de câncer de pele menos incidente, ele é o mais agressivo, registrando no país altos índices de letalidade.
ASCO: Oncoclínicas teve 37 participações na edição de 2024
Na edição da ASCO deste ano, o grupo brasileiro foi destaque na programação, com 37 participações. “De maneira geral, foram apresentados estudos com avanços em pesquisas científicas em diversas áreas da oncologia, com destaque para os cânceres de mama e pulmão, que tem, inclusive, participação brasileira. A edição 2024 do congresso abrangeu diversos temas e discutiu questões que vão além do técnico, como melhorias em atendimento, protocolos e também em acesso, equidade e sustentabilidade do setor de saúde. Vamos não só ter uma visão geral da Oncologia, mas participação ativa. Nossos especialistas se destacam em vários painéis”, explica Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas.
Além disso, pela primeira vez a Oncoclínicas&Co contou com um estande na área de expositores do evento, um espaço dedicado a compartilhar avanços científicos e promover a interação direta com principais tomadores de decisão e influenciadores do setor.
“O fortalecimento da nossa presença na Asco 2024 é mais um passo que possibilita a formação de parcerias que podem acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas frentes de combate ao câncer, beneficiando amplamente os nossos pacientes”, ressalta Carlos Gil.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.
Para obter mais informações, visite http://www.grupooncoclinicas.com.
Comente este post