
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que 625 mil pessoas são diagnosticadas por ano com tumores no Brasil. Apesar do número expressivo, é possível prevenir a doença por meio de alguns cuidados, entre eles a investigação do histórico familiar.
Embora seja uma doença genética, o câncer não é necessariamente hereditário, ou seja, nem sempre ele é transmitido de pais para filhos. Mas existem tumores com probabilidade de serem passados para futuras gerações que devem ser acompanhados, como câncer de mama triplo negativo, tumor de mama em homens, de ovário, retinoblastoma, colorretal e tumores gástricos e adrenais (em células do córtex ou da medula).
O médico radioterapeuta Persio Freitas, diretor clínico do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que cerca de 90% dos casos de tumores não estão relacionados às alterações nos genes transmitidos nas famílias.
Isso significa que a doença é causada por mudanças que acontecem nos genes devido a fatores ambientais, como alimentação pobre em nutrientes, hormônios, tabagismo, alcoolismo, exposição à radiação solar e envelhecimento.
Já o câncer hereditário ocorre nas células germinativas, que são aquelas que dão origem aos espermatozóides e óvulos.
“Se a doença ocorre nas células somáticas, que são responsáveis pela formação de tecidos e órgãos em organismos, ela fica restrita apenas à pessoa que desenvolveu o tumor. Neste caso, ela pode ter filhos e não transmitir câncer para eles”, explica o especialista.
Prevenção na família
Quando um caso de câncer surge na família, é preciso ligar o sinal de alerta, pois sendo hereditário ou não, a doença mata. Prevenção é a palavra de ordem.
“Nem todas as pessoas com câncer precisam fazer teste genético, pois ele só é indicado quando os tumores são de provável etiologia germinativa. Mas se alguém na família teve câncer, é importante que outros membros façam exames preventivos anuais, de acompanhamento, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”, explica Persio Freitas.
Em situações normais, o exame de colonoscopia, que diagnostica tumores colorretais, por exemplo, é indicado para homens e mulheres a partir dos 50 anos. Mas quando há registro de casos da doença na família, o recomendado é iniciar o rastreio entre os membros a partir dos 40 anos.
Além disso, Persio Freitas recomenda que as famílias acompanhem o histórico sobre as condições de saúde dos parentes para identificar possíveis comportamentos que potencializam o risco de câncer, como tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.
“Não basta apenas saber que um parente tem câncer. É preciso agir e usar o histórico familiar a favor da saúde. Quando for ao médico, conte para ele tudo que sabe sobre o caso no seu núcleo familiar para que ele te oriente sobre o que fazer para prevenir a doença”, afirma o especialista.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, Arcelor/Abeb, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, Sul América, Mediservice, Codesa, Cesan, Geap, entre outros.
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