
O empresário Glaupiherle Grasielo Rocha, de 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro, conforme divulgação nesta terça-feira (7). Três inquéritos foram concluídos e outros seguem em investigação. Ele está preso desde outubro de 2019.
De acordo com o processo policial, Glaupiherle agia de forma cruel. Ele ameaçava as mulheres com uma arma e praticava estupro com objetos como cabo de madeira e barras de ferro.
Além de ter sido indiciado por estupro, o empresário também responde a dois processos por violência doméstica.
Como agia
Segundo a Polícia Civil, o suspeito agia quase sempre do mesmo jeito: em um carro, ele abordava as mulheres na rua e, usando um revólver, obrigava que elas entrassem no veículo.
“Todas elas relataram que ele utilizava um carro branco, estilo pick up, pequeno. E também relataram que ele tinha características físicas como: branco, loiro e de olhos claros”, disse a delegada da Mulher, Fernanda Diniz.
Depois, ele levava as mulheres para um lugar afastado na Rodovia do Contorno, em Cariacica. Glaupiherle usava diversos objetos para violentar as mulheres.
“Ele realizava esse crime bárbaro por meio da introdução de objetos nas partes íntimas das vítimas. Introdução de armas, de objetos cortantes”, explicou a delegada Cláudia Dematté.
‘Um dos piores crimes que uma mulher pode sofrer, fere sua dignidade sexual’
“Essas mulheres foram vítimas de um crime contra sua dignidade sexual e nós ressaltamos que esse crime é uma das piores violências que uma mulher pode sofrer. Fere o corpo, a liberdade, a dignidade sexual da mulher.”
A declaração foi feita pela delegada-chefe Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, Claudia Dematté, após a prisão de Glaupiherle, em 24 de outubro de 2019.
“Esses casos chocaram a nossa Polícia Civil, a nossa Polícia Militar. Foram casos em que as vítimas foram estupradas, tiveram nelas introduzidos objetos cortantes, objetos que machucavam. Algumas vítimas tiveram lacerações das suas partes íntimas, e esses casos, muitos deles, sequer tinham sido noticiados na polícia. Nesse tipo de crime as vítimas têm medo, muita vergonha de procurar as autoridades policiais, a delegacia”, disse a delegada, reforçando que os casos devem ser denunciados.
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