Parece que foi ontem, mas já se passaram 18 anos desde aquela segunda-feira, dia 24 de janeiro de 2005, quando a primeira edição do Correio9 foi às ruas. De lá para cá são 1.737 edições.
E o jornal nasceu em um período desafiador, tendo que enfrentar a concorrência das redes sociais por onde as notícias correm sem apuração e nem sempre são verdadeiras.
Mas quem disse que jornalismo é fácil? Ao contrário, é um desafio diário que começa com uma simples informação, passa pela checagem do que pode estar acontecendo, pela divulgação e, até lidar com situações espinhosas. E como tem espinhos no caminho do jornalismo!
Mas tem flores também! Aqui exercemos a atividade de narrar fatos, contar histórias e mostrar coisas que não tínhamos a menor ideia dos tipos de maravilhas que existem tão perto.
São 18 anos de história. Parece que foi ontem! E foi mesmo! É apenas a maioridade, mas quantas histórias já foram narradas aqui!
Muita coisa mudou nesse período com histórias sendo reescritas e outras sendo criadas. Há muito tempo não se discutia tanto a liberdade de expressão como é discutida atualmente. Há muito que não se falava tanto em opinião! E quanto mais se fala sobre ela, parece que menos se entende sobre o seu significado.
Opinião não é dizer o que “acha”, não e falar “o que dá na teia”. Opinião reflete pensamento, coerência e fundamentação. E isso, só veículos responsáveis que dão a cara à tapa conseguem fazer. O jornalismo assume e responde pelo que faz.
Para muitas pessoas, as redes sociais são mais verdadeiras porque elas aceitam qualquer coisa. Elas são o campo certo para quem prefere uma mentira bonita a uma verdade feia. E quando se trata de política então! Aí o bicho pega!
Desde as reviravoltas políticas que vêm acontecendo no Brasil desde 2016 muitos leitores adotaram a “verdade conveniente”. Só acreditam naquilo que está de acordo com suas convicções. Se forem verdadeiras ou não, não importa. Porém, verdade não é apenas aquilo em que acreditamos. Crenças podem ser enganosas e refutáveis.
O jornalismo é investigativo, opinativo, ouve suas fontes, apura e informa. O jornalista deve se ater aos fatos sem misturar assuntos nem confundir contextos. Precisa ser fiel. Não a ataques pessoais como são vistos. Tem gente que recorre a esse expediente de baixaria!
Em época de redes sociais e de tantos donos da verdade, a atividade jornalística se torna mais importante do que nunca. É por meio dela que as coisas são esclarecidas e segredos que não deveriam existir são levados a público.
Haja resistência para suportar tanta pressão nessa época em que ninguém quer ler uma verdade que desagrada, mas preferem uma mentira bem contada. Se a mentira apoia as crenças pessoais aí ela vira verdade. Se por outro lado for uma verdade que desagrada, ela se torna mentira.
Pelo que sim, pelo que não, o desafio é permanente e nobre, pois dele dependem os esclarecimentos, depende a verdade.
Emitir uma opinião se tornou um perigo. A opinião reflete exclusivamente a visão de quem escreve, é o ponto de vista de quem se arrisca a pronunciar sobre determinado assunto.
E o Correio9 não se furta a isso. Aqui se sabe o que significa esse enfrentamento e os reveses que ele provoca.
Vem sendo assim e vamos continuar nos dedicando todos os dias na busca e na defesa da verdade. Seja ela qual for, doa a quem doer. É fácil? Claro que não! Mas que graça teria se fosse fácil?
Jornalismo é uma missão; um sacerdócio e o Correio9 tem clara a sua missão. Fazer 18 anos é, apenas, parte da jornada. Que venham outros desafios. Estamos prontos!
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