Ao contrário do que os defensores vinham afirmando, no mês em que a reforma trabalhista entrou em vigor, o Brasil registrou mais demissões do que contratações. No mês de novembro o saldo ficou negativo em 12,3 mil vagas.
Este resultado interrompe a sequência de sete meses consecutivos com saldo positivo. Segundo a Agência Reuters, os analistas esperavam um saldo positivo de 22 mil vagas.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
A reforma trabalhista entrou em vigor no dia 11 de novembro e criou novas formas de contratações, como o trabalho intermitente.
A expectativa dos defensores das mudanças é de que a nova lei facilitaria contratações e poderia aumentar o número de empregos no país.
As demissões foram maiores que as contratações em novembro mesmo com a inclusão, nos dados do governo, das contratações de trabalhadores intermitentes e em jornada parcial, que tiveram saldos positivos de 3.067 e 231, respectivamente.
Em novembro do ano passado, o saldo foi negativo em 116,7 mil postos e, em 2015, as demissões superaram as contratações em 130,6 mil. Nos anos anteriores, com crescimento da economia, houve criação de postos de trabalho. De 2003 a 2014, apenas em 2008 o saldo foi negativo no mês.
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, foram criados 299,6 mil postos de trabalho. Em 12 meses, contudo, o saldo está negativo em 178,5 mil.
Em novembro, o único setor que registrou um grande saldo positivo foi o comércio (68,6 mil). Os resultados negativos foram vistos na indústria de transformação (-29 mil), na construção civil (-22,8 mil) e na agropecuária (-21,7 mil).
Comente este post