
Elias de Lemos (Correio9)
A moradora de Nova Venécia, Adalci de Souza Machado, de 48 anos, está vivendo um drama e precisa de ajuda para aliviar suas dores. Ela passou por uma histerectomia (retirada do útero) e em seguida foi diagnosticada com uma endometriose rara.
Poucos dias depois da cirurgia para retirada do útero, realizada no dia 1º de setembro de 2023, no Hospital Rio Doce, em Linhares, ela começou a sentir dores intensas e a ter perda fecal e urinária, com urgência para urinar e para defecar.
De volta ao médico, foi constatada uma endometriose rara, que é uma doença ginecológica crônica que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) se espalha para outras partes do corpo: ovários, ligamentos uterinos, bexiga e intestino comprometendo todos os órgãos da região pélvica.
Ela conversou com a reportagem do Correio9 e relatou detalhadamente o seu drama e o quanto está sofrendo: “Eu não consigo sair nem para ir ao banheiro porque não dá tempo, as dores são fortes demais!”.
Ela disse que procurou por vários médicos que pôde, e nada: “Assim, voltei ao Hospital Rio Doce e procurei o médico quem fez a minha cirurgia, ele é especialista em endometriose. Só que todas as vezes que eu voltei até ele, quase morrendo de dor, cheguei a estar de cadeira de rodas, porque eu não aguentava pisar no chão. E ele dizia, simplesmente, que eu não tinha nada, o problema podia ser gases, ansiedade ou alguma outra coisa, mas não era causada pela realização da histerectomia”.
Ela narrou que pediu que ele requisitasse exames de imagem, para saber o que ela tinha, que doía tanto, porém, ele se recusava em passar exame de imagem. Sem saber o que se passava, ela continuou sua busca de consultório em consultório; sentindo dor e perdendo sangue.
Adalci lembrou de que, antes disso, ela apresentava apenas um mioma uterino, e que precisou da cirurgia inicial; no entanto, depois do procedimento cirúrgico, sua saúde se agravou com a evolução para endometriose.
“Agora, o meu tratamento é cirúrgico porque os órgãos estão colados, precisam ser descolados, todo sigmoide: intestino grosso, bexiga, ovários, vagina e reto. Choro para fazer xixi e para defecar. Tenho incontinência fecal e incontinência urinária. Não tenho vida social, não posso ir à igreja, não posso ir a canto nenhum, porque quando tenho essas necessidades ou é logo ou é no mesmo lugar onde eu estou: são dores de rolar pelo chão”, disse ela.
Tratamento em Goiânia
Depois de tanta busca e desespero, Adalci soube de um hospital em Goiânia (GO) que realiza a cirurgia. Só que a há mais um problema: o custo da operação que, juntando todas as despesas, fica em torno de R$ 34 mil.
De acordo com ela, os males parecem não ter fim: “Aqui onde eu estou, em Goiânia, já passei mal várias vezes. Não estou dormindo à noite, porque a dor é intensa, meu ovário repuxa e dói horrores. A minha região pélvica é toda dolorida não pode nem tocar a mão. Para a cirurgia a gente está dependendo de dinheiro, então eu não posso falar quando vai ser feita”.
“Eu consegui um médico no Hospital Santa Bárbara, aqui em Goiânia, especialista em endometriose rara. Enquanto não fizer, estou mais vegetando do que vivendo. Eu preciso de ajuda urgente, pois, o meu sofrimento é grande”, disse ela.
Ela continua: “Aí no Espírito Santo, eu me consultei com vários médicos, me consultei com três médicos no Hospital das Clínicas e, também, no Hospital Santa Casa, ambos em Vitória; no Hospital São José, em Colatina, vários médicos particulares e médicos pelo SUS, mas eles não fazem a minha cirurgia. Agora, encontramos o médico que faz, porém a gente não tem o dinheiro”.
Enquanto a cirurgia não acontece, a família de Adalci tem se virado como pode e como não pode, contando com a ajuda de amigos para prover os medicamentos necessários, que giram em torno de R$ 500, semanais. Além das despesas com viagens.
“Eu choro demais porque estou sofrendo muito, sou uma mulher casada e cadê o casamento (?) meu marido está lá eu estou aqui porque eu não consigo nem ter minha vida íntima com meu esposo. Acabou tudo, eu não tenho nem como cuidar dos meus pais idosos, eu sou acompanhante do meu pai e da minha mãe. Meu pai está lá no Santa Rita, hoje, sozinho aos 86 anos”.
“Minha mãe é para lá e para cá, para os médicos, fazer compra, pegar o dinheiro dela, comprar os remédios, eu tenho uma irmã e sou a tutora dela porque ela tem aneurisma estourada. Quem cuida dela sou eu e eu não consigo cuidar mais de ninguém, ela mora pertinho de mim nós somos de uma família muito fraca, muito humilde, nós estamos com as casas lá tudo na lajota que a gente não conseguiu nem saber quanto que a gente gastou com essa doença; muito mais do que a cirurgia já – não com arrecadação – mas, com dinheiro de familiares que foram mandando, todos nos ajudando. Meu esposo trabalhou pegou o seguro gastou tudo comigo”.
Quem puder ajudar a acabar com o sofrimento da Adalci, há duas formas de contribuição com qualquer quantia pelas chaves Pix: 27 99912-4424 (Nubank) e 27 99912-4434 (Banco do Brasil).
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