As mortes em decorrência das chuvas que atingiram Petrópolis na semana passada chegaram a 176, informou o Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (21). O número é o maior já registrado na história da cidade – a maior catástrofe até aqui era a de 1988, quando 171 morreram.
Ainda há 117 desparecidos e, nesta segunda-feira (21), as buscas entraram no 7º dia. No fim da madrugada, começou a ventar bastante no Morro da Oficina, obrigando os socorristas a interromper os trabalhos, retomados por volta das 7h. Há previsão de chuva ao longo do dia.
As equipes de busca se dividem em três áreas principais: os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas.
A Polícia Civil, por sua vez, iniciou nesta segunda um mutirão de coleta de DNA para acelerar o trabalho de identificação de vítimas. Até o início da manhã, 143 corpos haviam sido identificados.
Além dos bombeiros, muitas famílias ainda procuram por parentes, incluindo os desaparecidos em dois ônibus carregados por uma enxurrada. Os familiares de um rapaz de 17 anos que estava em um dos coletivos organizaram um mutirão e percorreram as margens do rio no sábado.
O governo estadual autorizou, na sexta (18), gastos de R$ 150 milhões para obras emergenciais em cinco áreas prioritárias em Petrópolis, como a Rua 24 de Maio, Rodovia Washington Luiz, Praça Conde D’eu e na Rua Teresa, conhecida pelo comércio.
Ainda haverá trabalhos no Túnel Extravasor do Palatinado, que teve sua galeria rompida, interditando parcialmente algumas vias.
“Precisamos reconstruir a cidade, mas, principalmente, evitar que mais tragédias aconteçam”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL).
Questionado sobre a tragédia na região se repetir após desastre em 2011, o governo afirma ter investido “cerca de R$ 2,3 bilhões na recuperação da região serrana desde a tragédia climática, em 2011”.
“Além do socorro imediato para a limpeza, principalmente de Nova Friburgo e Teresópolis, foram investidos recursos na construção de unidades habitacionais, limpeza de rios, drenagem e contenção de encostas e sistema de sirenes, para alertar os moradores de áreas de risco em situação de chuvas fortes.

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