A Prefeitura de Vila Pavão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou o primeiro caso com resultado detectável para varíola dos macacos no município, constatado via laudo do Laboratório Central de Saúde Pública do ES.
O paciente, que já se encontra em isolamento final, está aguardando alta médica, conforme protocolo e evolução normal da doença com o fim do período de transmissão.
A Vigilância Epidemiológica está monitorando o caso, realizando todas as orientações necessárias para controle da doença. A Prefeitura ressalta que até o momento, este é o primeiro caso confirmado no município, no entanto, a Secretaria de Saúde está aguardando resultado de outros pacientes.
A Prefeitura de Vila Pavão também destaca atenção para a importância do uso das medidas de proteção como utilização de máscara facial na presença de pessoas com suspeita de infecção, evitar contato íntimo ou sexual com parceiros que tenham lesões na pele e higienizar as mãos com frequência.
A DOENÇA
Conhecida popularmente como “varíola dos macacos”, a enfermidade é transmitida entre seres humanos, através de relação sexual, contato com saliva, entre outros.
A transmissão ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou objetos recentemente contaminados, tais como toalhas e roupas de cama. A transmissão por meio de gotículas geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme. Adicionalmente, mulheres grávidas podem transmitir o vírus para o feto através da placenta.
A doença geralmente evolui de forma benigna e os sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. A manifestação cutânea típica é do tipo papulovesicular, precedido ou não de febre de início súbito e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões nas áreas genital e anal e acometimento de mucosas (oral, retal e uretral).
As lesões em pênis têm sido comuns em casos de parafimose. As erupções podem acometer regiões como face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal. Na pele, podem aparecer manchas vermelhas sobre as quais surgem vesículas (bolhas) com secreção; posteriormente, essas vesículas se rompem, formam uma crosta e evoluem para cura. É importante destacar que a dor nestas lesões pode ser bastante intensa e deve ser observado seu adequado manejo.
Quando a crosta desaparece e há a reepitelização, a pessoa deixa de infectar outras pessoas e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas. No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e óbitos. A evolução para a forma grave pode estar relacionada a fatores como forma de transmissão, suscetibilidade do indivíduo e quantidade de vírus inoculado no momento da transmissão.
Quanto à gravidade dos casos registrados em 2022, a doença se apresenta em sua maioria de maneira leve a moderada, com sintomas autolimitados. Os dados apresentados em nível global apontam que hospitalizações representam até 10% da população infectada pela doença.
A taxa de mortalidade em áreas endêmicas varia de 0 a 11%, afetando principalmente crianças. Atualmente, nos países não endêmicos com detecção da doença, a taxa de mortalidade é de 0,02%.
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