* Antonio Emílio Borges
Dizia Dom Pedro II que se não fosse Imperador, gostaria de ter sido professor. “Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar as jovens mentes e preparar os homens de amanhã”, afirmou o Magnânimo. Nas últimas décadas ninguém no Brasil exerceu essa louvável profissão com tanta maestria e sabedoria quanto o professor Olavo de Carvalho. Fez jus às palavras de Pedro II e literalmente “preparou os homens de amanhã”. Sua vasta obra literária, seus cursos, suas análises, colaborações em jornal, ‘podcasts’ e sobretudo sua dedicação ao estudo forjaram uma sólida geração no país que vai ecoar seus ensinamentos por anos, décadas e séculos.
Não é pra menos. Há mais de trinta anos Olavo de Carvalho vem semeando as bases do conservadorismo no país e alertando sobre o quão nefasto é o comunismo. Começou quase que pregando sozinho no deserto. Jamais esmoreceu. Sempre combateve com afinco os sistemas totalitários que visam dizimar a liberdade do indivíduo.
Propagava a importância do estudo, do aprendizado, da Educação, do conhecimento e da literatura como faróis a iluminar e guiar o crescimento intelectual, político e espiritual dos cidadãos. Conseguiu fazer muitas pessoas enxergarem o que estava diante de seus olhos e não percebiam. Hoje, dezenas de milhares de pessoas no Brasil dão a devida importância ao seu legado, cidadãos que já são vetores de profundas mudanças culturais em nossa nação.
Basta ver que há vinte anos um brasileiro inflava o peito pra bravatear com orgulho que “cheguei na presidência sem nunca ter lido um livro na vida” e isso era tido por muitos como algo louvável, como um grande feito. Hoje essa mesma frase seria motivo de vergonha. O que de fato é. A mudança cultural nos brasileiros é perceptível. Se gabar por não ter lido nenhum livro na vida não é exemplo para nenhuma criança ou adolescente, ou para quem quer que seja, se quisermos que nosso país se transforme numa grande e desenvolvida Nação. Não existe caminho mais gratificante para o ser humano alcançar seus objetivos do que através do trabalho ou pelo estudo.
Dom Pedro II sabia disso. Olavo sabia disso. Hoje cada vez mais um maior número de brasileiros sabe disso e tem urticária aos parasitas.
Os regimes totalitários não prezam pela propagação do conhecimento e desenvolvimento cultural dos povos. Tentam manter a população “adestrada” num nível de ignorância que sequer são capazes de reconhecer a própria ignorância em que vivem. Olavo combateu isso com afinco. Foi um dos primeiros a denunciar o Foro de São Paulo, a entidade criada por Lula e Fidel Castro nos anos 90 para integrar o projeto de poder da Esquerda da América Latina e Caribe. Através de Olavo as pessoas tomaram conhecimento desse agourento consórcio de interesses nada republicanos. Olavo ajudou a frear o progresso da ignorância no país.
Como diz o lema em latim de seu curso on-line de Filosofia, “Sapientiam Autem Non Vincit Malitia”: Contra a sabedoria, o mau não prevalece. Na sua odisseia contra o mau, o católico devoto Olavo de Carvalho passou sua vida compartilhando generosamente sua sabedoria, sua crença em Deus e nos brindando com as produções de sua mente privilegiada.
O professor Olavo não morreu. Está mais vivo do que nunca. Seus ensinamentos ecoarão pela eternidade.
* O autor é ex-presidente da Câmara Municipal de Nova Venécia
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