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Correio9
Morreu, no último dia 8 de fevereiro, o advogado Matheus Matossian, que trabalhou com destaque em Nova Venécia, tendo participado de vários projetos no município. O corpo foi encontrado no dia 15 de fevereiro, no apartamento onde ele morava sozinho, em Vitória. De acordo com o laudo pericial, Matheus teve um infarto.
Ele nasceu em 03 de dezembro de 1948, na cidade de São Paulo, de pais armênios, que sobreviveram ao genocídio do seu povo, perpetrado pelo Império Otomano, ocorrido entre os anos de 1915 e 1923. Era o segundo de 3 irmãos.
Na juventude, frequentou o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) em São Paulo, onde prestou o serviço militar.
Formou-se em Administração e trabalhou no banco americano Chase Manhattan, ficando dois anos em Nova York e, depois, foi nomeado diretor do mesmo banco, para o Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Com a saída do banco, junto com um amigo, comprou uma propriedade rural no Km 37 da rodovia São Mateus/Nova Venécia, onde se dedicou à pecuária.
Morando na propriedade, passou a fazer o curso de direito na UNESC, de Colatina, para onde se dirigia diariamente, no início. Depois, passou a residir na cidade onde estudava, dedicando-se com afinco ao conhecimento do Direito. Após a formação, passou a residir e trabalhar em Nova Venécia, como advogado, durante cerca de 7 anos, a partir de 2001.
Na passagem por Nova Venécia, colaborou muito com a OAB da 15ª Subseção e incrementou, junto com o advogado e professor, Florentino Krause, nas escolas públicas, principalmente no colégio estadual da cidade, o projeto “OAB Vai À Escola”, dando palestras com informações e orientações sobre questões jurídicas. O trabalho foi considerado extraordinário e muito bonito.
Outra participação significativa do advogado Matheus Matossian, na área de educação em Nova Venécia, foi a sua participação na estruturação e formatação jurídica da transição da COOPEV (Cooperativa Educacional Veneciana) para empresa privada, que passou a ser a mantenedora do Centro Educacional Evolução. O trabalho jurídico desempenhado por ele, inclusive com deslocamentos até a Capital do estado, para viabilização da transição, se deu de forma totalmente gratuita.
Durante algum tempo, voltou a residir em Colatina e, depois, com a negociação da propriedade de São Mateus, mudou-se para Vitória, continuando a trabalhar como advogado, ora em sociedade, ora como autônomo.
Tinha grande habilidade e interesse em questões comerciais, financeiras e trabalhistas, indo fundo nas leis e jurisprudência relacionadas aos temas.
Matheus deixa familiares, amigos, lições de vida, de responsabilidade, de dedicação ao trabalho, à procura por Justiça e saudade em quem conviveu com ele e pôde desfrutar de sua amizade.
Ele foi sepultado nesta segunda-feira (17 de janeiro) no Cemitério Público de Maruípe, em Vitória.
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