Durante Sessão Ordinária realizada na última semana, na Câmara Municipal de Nova Venécia, o vereador Otamir Carloni (PSB) utilizou a tribuna da Casa para cobrar de forma incisiva uma atitude por parte da Prefeitura de Nova Venécia em relação à obra de Implantação, Reabilitação e Melhoria da Rodovia do Café, no bairro São Cristóvão.
A obra em questão está avaliada em quase R$ 64 milhões e é fruto de um convênio entre município e Governo do Estado, por meio do DER (Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo).
Durante as falas, Carloni afirmou que esteve pessoalmente no local e constatou que a obra está totalmente paralisada, sem nenhuma máquina trabalhando no momento, mesmo o município já tendo recebido R$ 31 milhões, feitos em dois repasses nos valores de R$ 4 milhões e R$ 27 milhões, respectivamente. Além disso, a obra ainda foi iniciada sem o projeto executivo ter sido aprovado pelo DER.
O parlamentar ainda classificou a atual gestão de Nova Venécia como “inerte”, ante à maneira com a qual tem conduzido o município. “Nós temos cobrado, mas temos uma gestão que fica ‘inerte’ diante das cobranças e das realidades dos fatos. Agora o que tem no local são crateras, grandes buracos, à beira da Rodovia do Café, que simplesmente estão lá abertos. O que temos visto e assistido ao longo das margens da Rodovia do Café é o desperdício e a má aplicação do dinheiro público com clara evidência de relaxo e falta de zelo e cuidado com os impostos de nossos contribuintes. Já tivemos dois acidentes onde veículos caíram nesses buracos e vamos ter mais se nada for feito em relação à sinalização e se não avançar. Na verdade, é uma obra planejada e feita nas coxas. Não podemos compactuar com a inércia da atual gestão de Nova Venécia e com a forma em que a obra está sendo conduzida. O bairro São Cristóvão merece algo muito melhor, mais atenção pelo município”, cobrou o parlamentar.
Requerimento de informações
Em dezembro do ano passado, o vereador Carloni já requereu cópias dos projetos paisagístico, elétrico, de pavimentação e o projeto aprovado pelo DER, mas, segundo o parlamentar, em março deste ano a Prefeitura enviou apenas o contrato da obra, sem detalhes sobre o andamento da mesma.
O contrato da obra foi assinado no dia 18 de outubro de 2022 e tinha previsão de 360 dias para execução. Como não foi executada no período previsto, houve um aditivo e o prazo foi prorrogado para o final de 2024, porém a obra segue paralisada há mais de 90 dias.
O vereador afirmou ainda que, diante dos fatos, vai requerer a formação de uma comissão especial para acompanhar a obra, além de requerer as convocações dos secretários municipais de Obras, de Planejamento e de Finanças, para fornecer as informações solicitadas anteriormente.
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