
A Polícia Civil do Espírito Santo investiga um caso de violência contra uma menina de cinco anos que está internada em estado grave após dar entrada no hospital com marcas de violência pelo corpo, incluindo sinais de abuso sexual.
O pai da menina e a madrasta dela foram levados para a Delegacia Regional de Linhares e prestaram depoimento. Eles foram liberados pelo delegado de plantão, que até o momento não encontrou indícios de que eles foram os responsáveis pelas agressões.
A investigação do caso teve início na noite desta segunda-feira (24), quando a menina deu entrada em estado grave em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Linhares. Ao constatarem os sinais de agressão, os médicos acionaram um representante do Conselho Tutelar, que foi quem decidiu chamar a Polícia Militar.
De acordo com as informações do boletim de ocorrência registrado pela PM, os médicos confirmaram aos militares que a menina apresentava sinais de abuso sexual, lesões semelhantes a mordidas no quadril e no braço esquerdo, lesões na parte de trás do crânio, dois dentes quebrados e olhos roxos.
O pai e a madrasta da criança, que eram responsáveis por ela, foram questionados pela polícia. Apesar das marcas graves de lesões, a mulher informou que a menina estava inchada e que havia desmaiado após sofrer uma reação alérgica a um medicamento que tomou. Já o homem disse que estava trabalhando e que não sabia o que havia ocorrido.
O delegado Fabrício Lucindo, chefe da Delegacia Regional de Linhares, confirmou que a criança foi vítima de violência e disse que o casal sustentou a versão da alergia da criança à medicação durante o depoimento.
“Há registro com certeza de agressões. Só que o nosso delegado plantonista não encontrou indícios de que sejam o pai e a madrasta os autores dessa agressão. Se encontrarmos ao longo dessa semana esses indícios, vamos pedir a prisão deles com certeza”, disse o delegado.
Ainda segundo Lucindo, o casal ficará à disposição da polícia e não poderá sair de Linhares nos próximos dias.
O delegado explicou também que a menina morava na Bahia e estava aos cuidados do pai e da madrasta há um mês e 15 dias.
A criança precisou ser transferida para o Hospital São José, em Colatina. Segundo a polícia, a mãe da menina não mora em Linhares, mas está indo para Colatina para acompanhar a filha.
O delegado Fabrício Lucindo contou que ela permanece em estado grave e foi entubada.
Nesta terça (25), um perito de Colatina fará exames detalhados na criança, a fim de comprovar, inclusive, a suspeita de abuso sexual.
A Prefeitura de Linhares informou que caso é acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Assistência Social e pelo Conselho Tutelar.
Ainda de acordo com o município, outras informações não serão repassadas para preservar a identidade da criança.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados e o caso está em segredo de Justiça.
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