O projeto que reconhece o rodeio como uma prática esportiva no Espírito Santo foi aprovado na sessão ordinária híbrida desta quarta-feira (21). Agora, o texto assinado pelo deputado Coronel Weliton (PDR) segue para o Palácio Anchieta para sanção ou veto do governador Renato Casagrande (PSB).
A proposta, no entanto, recebeu algumas críticas depois que a deputada Janete de Sá (PSB) apresentou um relatório desfavorável na Comissão de Proteção e Bem-Estar dos Animais. Ela havia pedido prazo para analisar o texto e pontuou que a modalidade é um ato de crueldade contra cavalos e touros.
“Por nós sermos uma defensora da causa animal e estarmos com essa pauta na Assembleia, buscando trazer mais proteção e mais bem-estar aos animais na nossa comissão, eu vou relatar contra a matéria”, explicou a pessebista.
O parecer de Janete foi aprovado no colegiado com o apoio de Alexandre Xambinho e Allan Ferreira (ambos do Podemos), mas contra o voto de Coronel Weliton, que saiu em defesa da sua proposição: “O rodeio é uma prática tradicional que tem profundas raízes no cotidiano capixaba, do Brasil”, argumentou.
A pedido do militar, o Projeto de Lei (PL) 135/2025 foi votado e acolhido pelo Plenário na forma de parecer anterior e favorável das comissões reunidas de Justiça, de Desporto e Turismo e de Finanças.
Os parlamentares Camila Valadão (Psol), Iriny Lopes e João Coser (ambos do PT), Gandini (PSD), Xambinho, além de Janete de Sá, se manifestaram contrários à proposta durante o processo de votação.
Mais tarde, na Fase da Comunicações, o militar voltou a defendê-la. “As tradicionais festas de emancipação política dos municípios do interior costumam ter o rodeio como uma das atrações”.
O coronel lembrou que a atividade promove a geração de emprego e renda e atrai a movimentação de turistas. Segundo destacou, o rodeio segue a lei federal que protege os animais para que não sejam maltratados.
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