
Elias de Lemos (Correio9)
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou a intenção de costurar um acordo com o STF para aumentar o número de deputados federais. Pela sugestão de Motta, a Casa passaria a ter mais 14 deputados federais, além dos atuais 513, passando para 527.
O salário bruto de um deputado federal é R$ 46.366,19. Cada um tem direito a até 25 assessores com salários que podem chegar a R$ 15 mil. Criar mais vagas é uma cusparada na cara dos brasileiros.
Segundo projeção do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), as novas estimativas do Censo 2022 alterariam a composição de 14 estados, sendo que sete ganhariam cadeiras e sete perderiam.
Perderiam vagas:
- Rio de Janeiro (4)
- Rio Grande do Sum (2)
- Piauí (2)
- Paraíba (2)
- Bahia (2)
- Pernambuco (1)
- Alagoas (1)
Ganhariam vagas:
- Santa Catarina (4)
- Pará (4)
- Amazonas (2)
- Ceará (1)
- Goiás (1)
- Minas Gerais (1)
- Mato Grosso (1)
Quem é contra os mais pobres?
A proposta do governo federal de isentar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre produtos da cesta básica, apresentada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), gerou recusa de parte dos governadores.
Enquanto alguns estados apoiam a medida como forma de reduzir os preços dos alimentos, estados geridos pela oposição criticam a iniciativa.
Os governadores Ibaneis Rocha (MB-DF), Ronaldo Caiado (UB-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Leite (PSDB-RS) demonstraram resistência e não devem adotar a medida. Já o governo de Santa Catarina, de Jorginho Mello (PL), criticou a medida por meio da Secretaria da fazenda.
Confira abaixo a lista dos 26 deputados e deputadas que estão lutando contra a isenção de impostos sobre os alimentos anunciado pelo governo. Todos são de extrema direita.
1 – Zucco (PL-RS)
2 – Coronel Assis (União-MT)
3 – Zé Trovão (PL-SC)
4 – Junio Amaral (PL-MG)
5 – Sargento Fahur (PSD-PR)
6 – Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
7 – Gustavo Gayer (PL-GO)
8 – Osmar Terra (MDB-RS)
9 – Capitão Alden (PL-BA)
10 – Silvia Waiãpi (PL-AP)
11 – Delegado Ramagem (PL-RJ)
12 – Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
13 – Delegado Caveira (PL-PA)
14 – Carlos Jordy (PL-RJ)
15 – Evair Vieira de Melo (PP-ES)
16 – Pezenti (MDB-SC)
17 – Rodolfo Nogueira (PL-MS)
18 – Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
19 – Rosangela Moro (União-SP)
20 – Mario Frias (PL-SP)
21 – Daniel Agrobom (PL-GO)
22 – Bia Kicis (PL-DF)
23 – Mauricio do Vôlei (PL-MG)
24 – Messias Donato (Republicanos-ES)
25 – Sanderson (PL-RS)
26 – Julia Zanatta (PL-SC)
Sujou para o “pai do nome limpo”
Três vezes candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) o “pai do nome limpo” foi parar, em fevereiro deste ano, no cadastro de inadimplentes do Serasa por não cumprir uma ordem judicial.
Ciro foi condenado a pagar os custos do processo, no valor de R$ 1 mil, após perder a ação de danos morais ajuizada, por ele mesmo, contra o colunista de economia Felippe Hermes.
O processo foi devido a um artigo intitulado: “Das ideias malucas de Ciro Gomes que vão fazer o país parar no SPC”, assinado por Hermes.
Em sua campanha eleitoral em 2018, Ciro defendeu um “plano” para limpar os nomes de quem estava negativado no SPC e Serasa.
Militares encurralados
Nas defesas de todos os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em nenhum momento eles negam o golpe de Estado. Todos dizem que houve a discussão, mas se colocaram contrários.
Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro, também não nega e usa estratégias como desqualificar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que o julgamento seja feito no plenário do STF e não na Primeira Turma e atrasar ao máximo o julgamento, assim como os aliados do ex-presidente.
O Exército já está discutindo onde ficarão presos os militares da ativa e da reserva que podem ser condenados pela tentativa de golpe de Estado.
A principal preocupação é em relação a Jair Bolsonaro, acusado de comandar uma organização criminosa para o golpe.
Se condenado, Bolsonaro, deve ser acomodado em um local destinado a ex-presidentes, como o Comando Militar do Planalto ou em unidades similares. O espaço é um direito previsto no Código Penal Militar e inclui uma série de autoridades como ministros de Estado, parlamentares e oficiais das Forças Armadas.
Inelegível otimista
Mesmo com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que será candidato à Presidência, em 2026.
A declaração foi feita durante um encontro com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o primeiro desde que a suspensão de contato entre os dois, imposta pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi revogada.
“Por enquanto, sou candidato. Os outros candidatos aí você vê Gusttavo Lima, Caiado, Zema. Eu acho até que seria bom cada partido lançar seu candidato e, no segundo turno, os partidos se unissem para apoiar os dois que passaram para o segundo turno. Seria a melhor coisa a fazer”, disse o ex-presidente.
Esta semana, o cantor Gusttavo Lima anunciou sua desistência da candidatura à Presidência.
Casagrande será candidato ao Senado?
O prefeito de Nova Venécia, Mário Sérgio Lubiana, o Barigueira, defendeu que o governador Renato Casagrande se candidate ao Senado Federal em 2026.
Para Barrigueira, o Espírito Santo precisa fortalecer sua bancada no Senado, e como serão duas vagas na eleição do ano que vem, seria natural que Casagrande buscasse uma delas.
“Ele sempre teve mandatos e é um homem da política. Se ele ficar até o final do mandato, logicamente ele vai passar um período sem mandato. E eu acho que o Espírito Santo precisa dele aqui em Brasília. Eu acho que ele deve ser o nosso candidato a senador”, disse Barrigueira ao site Agência Congresso.
Para concorrer ao Senado, Casagrande precisa de renunciar ao cargo até o mês de maio.
Outro prefeito também falou com a Agência, Cláudio Rodrigues, o popular Cláudio da Boa Fruta, expressou a mesma opinião de Barrigueira.
Os dois estavam em Brasília para o Encontro Nacional dos prefeitos, promovido pelo governo federal.
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