
Vila Pavão completa neste sábado, dia 1º de julho de 2017, 27 anos de emancipação. Alguns observadores atentos afirmam que o município já alcançou os 10 mil habitantes, dos quais 78% residem na zona rural. Quem vem ao município fica impressionado com a tradição cultural do povo, sua geografia e relevo de formações rochosas, sua culinária e várias outras peculiaridades que dão ao município características muito especiais.
Com uma forte agricultura familiar, com predominância das lavouras cafeeiras em renovação, pecuária em expansão, e as suas diversificadas jazidas de granitos, em especial, o Verde Pavão e o Granulado, encontrados, apenas, no município e que são muito disputados pelo mercado europeu. Guardadas as devidas proporções, Vila Pavão vem se destacando no cenário econômico e, principalmente, cultural capixaba.
Emancipado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990 (dia do plebiscito, também considerado o “Dia da Cidade”), o município foi colonizado na década de 1920 por caboclos que fugiam da seca do sertão, madeireiros e depois de 1940, quando chegaram algumas famílias de descendência africana, italiana e a maioria pomerana. O nome “Vila Pavão” foi colocado por tropeiros que pernoitavam na única casa do “pavão” existente na encruzilhada onde hoje fica o centro da cidade, que tinha em sua varanda o desenho dessa ave.
A história
Um pedaço de tábua na parte interna do lábio inferior. Essa era a característica marcante dos índios Botocudos, nativos habitantes do município que hoje é conhecido como Vila Pavão. Esses nativos viveram tranquilamente aqui, até serem expulsos pelos brancos.
A construção da ponte sobre o Rio Doce, em Colatina, e a abertura da estrada que liga Nova Venécia a Vila Pavão, em 1940, foram as obras que desencadearam o povoamento e a colonização do município. Os tropeiros e caminhoneiros faziam divulgação “das terras quentes” aos imigrantes pomeranos e italianos no Sul do Estado e nas regiões de limite com Minas Gerais. Foi isso que atraiu grande número de descendentes pomeranos e alguns italianos para o local.
A Pomerânia era uma das 38 províncias pertencentes à antiga Prússia. Com a Segunda Guerra Mundial, foi riscada do mapa e seu território anexado à Polônia.
Cultura
A Pomitafro, considerada um grande evento de integração étnico-cultural do Brasil foi criada pelos professores do Centro de Integração de Educação Rural /CIER em 1989. A Pomitafro saiu das iniciais de POMeranos, ITAlianos e aFROs, principais colonizadores do município e que visa resgatar a identidade histórica e cultural do povo capixaba.
Grupos Folclorísticos
Em 15 de maio de 1988 o Grupo Folclórico Pomerano de Vila Pavão foi consolidado oficialmente, e pessoas como Vadecir Berger, Lenira Ramlow e através do incentivo do sociólogo Jorge Kuster Jacob tornou – se possível o sonho. Os primeiros ensaios foram realizados na Igrejona. A partir daí começaram então as apresentações, quando o grupo recebeu em 1989 o primeiro convite para se apresentar no dia das mães no CEIER _ Centro Estadual Integrado de Educação Rural. Mesmo com um traje improvisado, o grupo foi reconhecido e aplaudido pela proposta que estava desenvolvendo. Estava lançada a chama inicial do movimento POMITAFRO que surgiu no CEIER, que fez de Vila Pavão um município conhecido por suas atividades culturais.
Em 1994 surgiu o Grupo de Tradições Folclóricas Italianas “Piccolo Pavonne”, formado por um grupo de pessoas interessadas em resgatar a cultura italiana que estava se perdendo junto aos descendentes. Dentre os seus fundadores destacam Leila Simonassi, Luciene Timm Paganoto, Libian Timm Paganoto Rossim e Marcos Pratissoli. Em 2004, a ampliação e a valorização do resgate da cultura italiana no município, deu origem ao Centro de Cultura Italiana de Vila Pavão, o CECIVIP. O Grupo Piccolo Pavone é um dos melhores e mais respeitados grupos de danças folclóricas do ES. Desde a sua formação já realizou cerca de 800 apresentações.
Político
O município possui 15 comunidades e é dividido em três regiões e dois distritos: Praça Rica (15 km) e Todos os Santos (17 km).
Prefeitos:
1° mandato, (1993 a 1996): Erno Júlio Dieter
2º mandato, (1997 a 2000): Eraldino Jann Tesch
3º mandato, (2001 a 2004): Eraldino Jann Tesch
4° mandato, (2005 a 2008): Ivan Lauer
5° mandato, (2008 a 2012): Ivan Lauer
6º mandato, (2013 a 2016): Eraldino Jann Tesch
7º mandato, (2017 a 2020): Irineu Wutke.
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