A vereadora Gleyciaria Bergamim (DEM) se mostrou indignada com a violência sofrida pela enfermeira Géssica Sá Soto, de 26 anos, durante uma festa no último final de semana. O caso chocou toda a sociedade veneciana pela brutalidade das agressões.
“Não poderia deixar de citar a agressão à Géssica. Sou a única vereadora, a primeira mulher a ser reeleita no município, e por isso, a responsabilidade em defender as mulheres é ainda muito maior. Não podemos esquecer o que aconteceu com essa moça. As marcas em Géssica devem ser sentidas por todos nós, em nosso corpo, em nossa alma, como seres humanos que abominamos a violência, principalmente quando ela é voltada contra a mulher”.
A vereadora ainda citou a agressão histórica sofrida pelas mulheres, fruto de um machismo ainda muito enraizado na sociedade brasileira. O Brasil é o 5º país do mundo onde mais se mata mulher. O feminicídio ganha um toque ainda mais dramático, pois os agressores geralmente são os companheiros ou ex-companheiros dessas mulheres, tornando difícil a quebra de vínculos, pois envolvem vidas compartilhadas, filhos, quem deveria proteger, acaba sendo o assassino. Situação delicada.
“A mulher morre e apanha simplesmente pelo fato de ser mulher. Quantas mais precisarão morrer ou serem espancadas? Hoje foi a Géssica, mas quem não se lembra da Amélia, morta em São Luiz Reis pelo ex-companheiro, a médica Milena Gotardi, assassinada em Vitória a mando do ex-marido, e a Katiane, que ainda continua desaparecida em Vila Pavão?”, explicou Gleyciaria.
“Clamamos a população para que trabalhemos mais os valores de moral e respeito dentro de nossas casas e nossas escolas. O poder público também precisa fazer a sua parte. Atualmente em Nova Venécia, não temos nem uma Delegacia 24 horas, como esperar a implantação de uma Delegacia da Mulher?”
Comente este post