Durante a fala das lideranças na Assembleia Legislativa, o deputado Freitas (PSB), repercutiu nesta segunda-feira (27), a discussão sobre a Reforma Política, um tema recorrente no país. Em seu discurso, o parlamentar criticou alguns dos pontos que voltam à tona no Congresso, defendidos por caciques partidários em Brasília. Entre eles está a lista fechada de candidatos, com o aumento do desembolso do dinheiro público para bancar as campanhas. Freitas é contra essa proposta de alteração do sistema de eleição de deputados e vereadores e defende a instituição do voto distrital misto, uma combinação do voto proporcional e do voto majoritário. O eleitor tem dois votos: um para candidatos no distrito e outro para as legendas (partidos). Os votos em legenda (sistema proporcional) são computados em todo o estado ou município, conforme o quociente eleitoral (total de cadeiras divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado.
“No momento em que o Congresso intensifica esse debate, a sociedade civil como um todo precisa se envolver para não deixar passar a oportunidade de que aconteça uma reforma que vá ao encontro dos anseios da sociedade e não é definitivamente o que se está propondo para as eleições de 2018, que pode ser uma virada de página”, disse Freitas.
O deputado defende um amplo debate para decidir qual é o melhor caminho, para que se tenha uma política participativa realmente democrática e que atenda os anseios de todo o povo brasileiro. “A oportunidade é agora. Penso que definitivamente nós não podemos ter lista fechada”, alertou. Nesse modelo, cada partido apresenta previamente a lista de candidatos com o número correspondente ao círculo eleitoral, esses candidatos são colocados ordenados crescentemente e o número de eleitos será proporcional ao número de votos que o partido obteve. Os candidatos no topo da lista tendem a se eleger com mais facilidade.
DESCONFIANÇA
“Quando o deputado Sérgio Majeski diz aqui que estavam Vanessa Grazziotin do PCdoB e Ronaldo Caiado do DEM, num programa de televisão, afinados e concordando com a ideia de lista fechada e financiamento púbico, é preciso que o país tenha uma grande desconfiança dessa convergência. Lista fechada não atende os anseios da população, não é democrática, não é clara”, afirmou.
De acordo com Freitas, o país precisa caminhar para o voto distrital misto. “Ele divide o estado em distritos e o Espírito Santo tem direito a 10 deputados federais, então será dividido em 10 distritos. A representatividade se dará com muita democracia, o eleito estará muito mais próximo do eleitor e o debate se promoverá. Não deu resultado, automaticamente a gente tem toda tranquilidade para substituir” concluiu.

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