Elias de Lemos (Correio9)
Em convenção realizada na noite de quarta-feira, 09, na Escola Dom Daniel Comboni, o PT (Partido dos Trabalhadores)indicou o nome da Professora Cláudia, 48 anos, para concorrer ao cargo de prefeita de Nova Venécia nas eleições municipais de 2020, além de 18 candidatos à Câmara Municipal.
Na abertura do evento, a presidente da Executiva Municipal do partido, Marlene Andrade, falou da história do PT, das conquistas do partido, dos governos Lula e Dilma e ressaltou os princípios de inclusão e combate à desigualdade, como marcas petistas.
Ela encerrou sua fala com uma homenagem às vítimas e famílias que perderam entes para a pandemia da Covid-19.
O vice-presidente do PT, Isaltino Venturim, também falou da história do partido e da luta contra a ditadura: “Na época da ditadura, havia um inimigo claro, declarado. Agora, estamos vivendo, novamente em uma ditadura, mas uma ditadura que fala em democracia o tempo todo só para disfarçar. E é muito triste! Depois de termos vivido um período de debate e participação, a gente voltar a ver isso”, disse.
A Professora Cláudia se emocionou ao falar. Mencionou o início da carreira docente, iniciada em 1993, quando tinha 21 anos de idade; e a convenção que homologou seu nome como candidata foi realizada na Escola Dom Daniel Comboni, justamente onde ela se iniciou como professora. Agradeceu aos presentes e falou diretamente à imprensa presente à convenção exaltando a importância do trabalho da imprensa em Nova Venécia e como ela se comporta diferente da grande mídia.
A candidata se declarou uma petista nata: “Nasci no PT e pretendo morrer no PT, porque ele representa tudo o que eu penso: igualdade, inclusão e uma sociedade para todos”.
Falou da perda de direitos: “A maior derrota é a perda de direitos, você não pode ter direito apenas à educação.
Tem que ter direito à educação, à saúde e à segurança”.
Segundo Cláudia, aceitar a indicação é um grande desafio. No entanto, apresentou o que pretende: “Elaborar políticas públicas de qualidade. Por que aceitei esse desafio? Porque me lembro de uma frase do ex-presidente Lula, ainda quando ele estava preso em Curitiba: ‘Podemos perder tudo, menos a capacidade de indignarmos’”.
Cláudia ressaltou a necessidade de participação popular e afirmou que, sendo eleita, vai governar com a população. E nesse espectro, praticamente 70% dos presentes eram pessoas que trabalham com agricultura familiar e vieram de localidades longínquas, como Travessia, 13 de Maio, Córrego das Flores, Pip-Nuck, Córrego Grande e Córrego da Areia.
Qual será o perfil da gestão? Perguntou ela; que respondeu em seguida: “Será o perfil petista de governar, com participação popular”.
Afirmou que pretende criar conselhos, além dos existentes no município. Citou a necessidade de um Conselho da Mulher, Conselho da Juventude e dos Direitos Humanos.
Por fim, ela falou que Nova Venécia precisa se inserir nos pactos mundiais, como as metas relacionadas às questões ambientais, por exemplo. No entanto, ressaltou que seu principal compromisso será aproximar o poder público da sociedade.
Vice-Prefeito
Como vice-prefeito na chapa com a Professora Cláudia, foi escolhido João Venturim, de 66 anos, morador da comunidade de São Luís Gonzaga, no Córrego da Areia, interior do município. Ele é natural de Itueta-MG, mas mora em Nova Venécia há 60 anos.
João Venturim é casado, tem cinco filhos e é agricultor familiar e um defensor do modelo.
Ele teve vários mandatos como coordenador comunitário e, também, na presidência da Associação dos Pequenos Agricultores do Córrego da Areia, da qual é sócio fundador.
Ele é filiado ao PT há 34 anos e participa de várias cooperativas. Atualmente é o vice-presidente da Central das Associações Rurais de Nova Venécia. Há mais de 30 anos participa de associações e está no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Venécia há 40 anos.
Dois filhos dele participam da diretoria da Associação e, também, exercem a agricultura familiar, demonstrando que o trabalho é passado de uma geração para outra.
OBS: MATÉRIA EDITADA PARA ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÕES.
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