
Foi anunciado nesta semana que o príncipe Philip não irá mais participar de eventos reais públicos a partir de agosto, sem deixar de cumprir seus compromissos até lá, o Príncipe acaba por se tornar uma incógnita para quem não conhece muito sobre a história da família real britânica.
Quem é o príncipe Philip? Qual a sua importância no clã de Buckingham? Porque ele não é o rei?
Essas questões para serem esclarecidas, necessitam de uma pequena viagem no tempo. Philip, Duque de Edimburgo, nasceu Príncipe Philip da Grécia e Dinamarca, mas foi nomeado Philip Mountbatten para poder ser o marido de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II.
Nascido na ilha grega de Corfu, em 10 de junho de 1921. Seu pai era o príncipe André, irmão mais novo do rei Constantino da Grécia, e sua mãe, a princesa Alice de Battenberg. Hoje com 96 anos é perfeitamente normal que queira se distanciar da vida pública.
O príncipe não teve apenas luxos e mordomias pela sua vida. Com o domínio alemão sob a Dinamarca, a família do príncipe se viu obrigada a abandonar suas tradições para se afastar do crescente nazismo, quando se mudaram para a Inglaterra, trocando até mesmo sobrenome e títulos. Apesar de suas 4 irmãs se casarem com nobres alemães, Philip viu sua família se desfazer em meio as batalhas.
Sua mãe, sofria de esquizofrenia, o que custou o convívio com Philip, ainda pequeno. Já seu pai acaba se mudando para um apartamento pequeno em Monte Carlo, quando o príncipe foi morar com sua avó, Victoria Mountbatten, a marquesa viúva de Milford Haven, no palácio de Kensington e seu tio, George Mountbatten, em Lynden Manor, em Bray, Berkshire. Antes mesmo desse períodos, o príncipe já havia conhecido a Rainha Elizabeth quando ela tinha apenas 13 anos de idade na Grécia.
Philip servira na 2ª Guerra, membro da Marinha Real Britânica, ele atuou no Mediterrâneo e no Pacífico, sendo condecorado por seus esforços – em 1942, aos 21 anos, ele se tornou o primeiro tenente (segundo em comando) do navio Wallace. Um dos mais jovens marinheiros a alcançar a posição na história da Marinha Real – o Príncipe opta por abdicar de seus títulos gregos e dinamarqueses para se casar com a jovem Elizabeth em 1947, quando a Inglaterra ainda estava se recuperando de traumáticos momentos vividos durante a guerra.
Por que Príncipe Philip não é o rei?
É comum que todo clã real tenha por ventura um rei e uma rainha. Mas não foi assim que aconteceu na Inglaterra. Após a morte do Rei George VI em 1952, Elizabeth, a filha mais velha, é automaticamente coroada por uma questão hierárquica, como a única regente.
Para o Príncipe Philip, restava a opção de ser um rei consorte – titulo dado a quem se casa com o detentor da coroa, seja homem ou mulher – porém, esse caso, muito raro de acontecer, não foi o dele, já que Philip recebeu o título de Duque de Edimburgo.
A tradição Inglesa segue aos vínculos sanguíneos hierárquicos, sendo assim impossível para que o o título de Rei fosse dado a Philip. Mesmo que fosse declarado Rei Consorte, o Príncipe não poderia tomar decisões reais, muito menos governar como Monarca.
Juntos há mais de 60 anos, o Príncipe e a Rainha consolidaram uma família grande e aparentemente feliz, com 4 filhos – Charles, Anne, Andrew e Edward – os dois sempre foram vistos juntos em quase todas as aparições reais, fossem casamentos, aniversários ou até mesmo passeios, mostrando a durabilidade e toda o vigor do casal imperial, sob o comando de uma matriarca forte.
Porém, a Inglaterra só voltará a ter um Rei quando a Rainha Elizabeth vier a falecer, dado o fato de que ela mesma já anunciou em uma cerimônia que seu sucessor será o Príncipe Charles, seu primeiro filho, pai de Príncipe Harry e Príncipe William, este casado com Kate Middleton, Duquesa de Cambrigde, pais de George e Charlotte, que acaba de completar dois anos de idade.
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