O PMDB aprovou, em convenção nacional extraordinária na última terça-feira (19), a mudança do nome da legenda, retirando a letra “P”, que significa “partido”. Com isso, a legenda volta a ser chamada pelo seu antigo nome: MDB – Movimento Democrático Brasileiro.
O presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), anunciou, em agosto, a intenção de alterar o nome. Na ocasião, ele afirmou que o objetivo da mudança era “ganhar as ruas”.
Movimento Democrático Brasileiro era o nome do partido antes de 1980, quando, ainda durante a ditadura militar, foi adotado o pluripartidarismo.
O resgate da sigla MDB faz parte de uma estratégia dos peemedebistas de diminuir o desgaste do PMDB e da política partidária junto à sociedade. Vários integrantes da cúpula do partido, entre eles o presidente, senador Romero Jucá, são alvo de investigações em escândalos de corrupção.
Entre as intenções dos peemedebistas com a retomada do MDB, está a de recordar a imagem de figuras, como Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela, protagonistas da luta pela redemocratização do país.
Em entrevista, Jucá disse que a volta ao MDB não é “para esconder” eventuais irregularidades.
De acordo com a assessoria de Jucá, a mudança de nome vai ser comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o Judiciário está em recesso, a Justiça Eleitoral só deve oficializar a alteração em fevereiro.
Outras decisões
A reunião partidária foi aberta com poucos participantes no auditório. Na fala inicial, Jucá chegou a anunciar que o presidente Michel Temer chegaria “em instantes” ao evento, mas a participação foi cancelada minutos depois.
Na pauta da convenção, estão outros itens, como a adequação do estatuto partidário à legislação eleitoral, com a inclusão das regras de distribuição do fundo público destinado a bancar campanhas eleitorais.
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