A bondade ficou tão ultrapassada que já se tornou peça de museu? Não, a ideia não é exatamente essa. Mas, sim, reunir histórias de boas ações e atos edificantes de pessoas comuns. Assim nasceu o Museu da Bondade Humana, cujo projeto tem o objetivo de dar vida a um mantra bem conhecido dos cariocas: gentileza gera gentileza. Kazz Morohashi e Ralph Paprzycki, os fundadores do museu, desejam que os visitantes sintam que a bondade não é um mero conceito abstrato e utópico, mas uma força poderosa que nos faz superar o medo e o ódio. E que pode contagiar.
O museu não terá um endereço fixo. Os criadores querem que a iniciativa seja itinerante. Ela começou na Inglaterra e, se tudo der certo, vai atravessar oceanos.
A ideia central é mostrar histórias de pessoas como Bee, que tirou uma foto da mãe em uma praia no início dos anos 1980. Ao deixar o local, ela notou que perdera a câmera, que era cara. Um homem a achou e a entregou para a polícia. Logo, Bee tinha o equipamento de volta.
“Anos depois, minha mãe sofreu um derrame e foi para um asilo. Levei ao local fotos que ela guardava no quarto. E lá estava a foto da praia, a preferida dela: vibrante, brincalhona, feliz”, escreveu ela numa das muitas “fichas” expostas no museu.
“Histórias como essa lembram que bondade é duradoura e atemporal. Ela pode ter efeitos inesperados que duram anos e anos”, comentou Kazz, um artista japonês, ao site “Unilad”.
No museu estarão também obras que mostram o olhar de artistas sobre as histórias, escritas e faladas, que fazem parte do bom acervo.
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