Histórias de mulheres que se interessam por homens que vivem no mundo do crime são bem comuns. Mas o que está acontecendo em relação ao “serial killer”, suspeito das mortes de 39 pessoas em Goiânia é daquelas coisas que a razão não explica. No caso do vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, um detalhe potencializa esse tipo de atração: a aparência física. Alto, forte, com traços bem desenhados, Rocha chamou a atenção de jovens, que se mostraram interessadas em se aproximar dele.
Uma das advogadas do vigilante, Brunna Moreno de Miranda, revelou em entrevista ao site R7 que ela e as colegas que atuam no caso recebem e-mails e mensagens no celular de mulheres perguntando como podem fazer para conhecer o suspeito. De acordo com Brunna, ao grupo são enviadas também mensagens de jovens que chegaram a conviver com Rocha.
São e-mails, mensagens de celular de mulheres ou que o conhecem de algum lugar e que querem que as advogadas falem delas para ele ou algumas perguntando como podem fazer para conhecê-lo. Algumas mulheres querem fazer doação, querendo dar as coisas, enviar para ele no presídio.
A advogada contou que tomou conhecimento, por meio de policiais, de que há aquelas que vão até o presídio e perguntam como devem proceder para ver Rocha. Ela acrescentou que, nas mensagens, a abordagem segue, em geral, uma mesma linha: jovens alegando que viram o caso, acharam o vigilante interessante e que pretendem conhecê-lo pessoalmente.
Na verdade, desde a delegacia – quando o suspeito ainda não havia sido transferido para o complexo prisional – era assim. Elas ligavam para a delegacia para perguntar sobre Rocha, disse a advogada.
Brunna relatou, ainda, que, vez ou outra, comenta com o cliente sobre as “pretendentes”, e segundo ele, ele ri, porque as mulheres ficam mesmo atrás.
Preso desde outubro deste ano, Rocha permanece isolado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. Até mesmo o banho de sol acontece sem a presença dos demais detentos.
No dia em que foi apresentado oficialmente, o vigilante tentou cortar os pulsos dentro da cela com o vidro de uma lâmpada. Calado e calmo, o suspeito não se mostra inconformado com a atual situação e, aos poucos, “está aprendendo a conviver como um preso”, informou Brunna.
Sem ter o que fazer, Rocha lê. E muito, segundo a advogada. O vigilante consome desde revista de fofoca a de notícias. Gosta também de livros, especialmente, dos gêneros aventura e romance. Todo material é fornecido pela biblioteca da unidade prisional.
A rotina só é quebrada quando fala com as três advogadas no parlatório ou recebe a visita da mãe. Já chegou também a ser visitado pelo irmão, conforme a advogada. A periodicidade destes encontros não é definida.
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