O Ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (3) durante a 19ª Reunião Regional Americana da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Cidade do Panamá, capital panamenha. Representando o Brasil, que preside o grupo dos países da América Latina e Caribe (Grulac) na OIT, o ministro falou sobre a criação, no Brasil, do Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho.
Realizado a cada quatro anos, o encontro teve início na terça-feira (02) e vai até a próxima sexta-feira (05). O objetivo desta edição é promover o debate entre os países participantes sobre futuro do trabalho nas Américas. O conteúdo da reunião servirá de base para a evolução das discussões no comitê brasileiro.
As principais posições da região serão consolidadas em um documento tripartite (governo, empregadores e empregados) com o compromisso de todos em relação ao futuro de trabalho no continente. As bases do documento serão subsídio para as discussões na Conferência Internacional do Trabalho, em 2019.
O Ministério do Trabalho constituiu o Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho no último dia 18 de setembro. A missão do colegiado é discutir o futuro do trabalho e propor formas de proteção ao emprego diante dos avanços tecnológicos. O grupo é formado por governo, representes do Judiciário, do meio acadêmico, empregadores, empregados e lideranças sindicais.
Sociedade opina
Durante o evento que instituiu o comitê, o Ministério do Trabalho lançou uma consulta pública para ouvir a sociedade sobre o assunto. A população pode contribuir com sugestões sobre três grandes temas: “novas tecnologias nas atividades econômicas”, “impacto da inovação no mercado de trabalho” e “inclusão de trabalhadores por meio de políticas públicas no processo de transformação”.
As propostas serão analisadas pelo comitê, e o resultado será compilado para discussão no Conselho Nacional do Trabalho (CNT). As sugestões devem ser enviadas para o e-mail futurodotrabalho@mte.gov.br.
Também serão promovidos encontros regionais e audiências públicas em cidades como São Paulo, Florianópolis e Recife. Entre os assuntos a serem discutidos estão “indústria 4.0”, “inteligência artificial” e “economia compartilhada”.
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