A maior parte da população do Espírito Santo foi vacinada contra a febre amarela, o que resultou na contenção do avanço da doença. Até o final da manhã do dia 31 de maio, 3.010.611 pessoas no Estado haviam sido vacinadas.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Reveste-se da maior importância epidemiológica por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas por Aedes aegypti.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Danielle Grillo, ainda há 403.190 doses disponíveis e os municípios continuam os trabalhos de vacinação contra a doença.
“Neste momento os municípios continuam o trabalho de busca ativa de pessoas que não se vacinaram por falsas contraindicações ou porque não entenderem a importância da vacinação para a prevenção da doença”, disse.
Segundo a coordenadora, não há uma meta de vacinação estabelecida, mas a intenção é vacinar 100% do público elegível para receber a vacina, ou seja, quem ainda não tenha nenhuma dose da vacina.
De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, os primeiros casos de febre amarela no Estado foram em Ibatiba, em 11 de janeiro deste ano. “Depois desta data outros casos surgiram. A vacinação teve início no dia 20 de janeiro naquele município”, disse.
Até o dia 26 de maio, 82 mortes por febre amarela foram confirmadas no Espírito Santo neste ano. Outros 20 casos de óbito são investigados.
Dados
Até o dia 26 de maio, o Espírito Santo havia registrado 782 notificações de casos suspeitos de febre amarela. Deste número, 374 casos foram descartados para a doença.
Dos demais 408 casos, 256 foram confirmados para febre amarela silvestre, ou seja, com transmissão ocorrida na área rural.
Deste total, 82 casos evoluíram para óbito e os locais de provável infecção foram: Domingos Martins (09), Santa Leopoldina (07), Muniz Freire (06), Santa Maria de Jetibá (08), Marechal Floriano (06), Brejetuba (04), Santa Teresa (04), Colatina (04), Alfredo Chaves (04), Irupi (03), Itarana (03), Laranja da Terra (02), Pancas (02), Ibatiba (02), Afonso Cláudio (02), Conceição do Castelo (02), Venda Nova do Imigrante (02), Cariacica (02), Vargem Alta (02), Conceição da Barra (01), Iúna (01), Linhares (01), Marilândia (01), Serra (01), Viana (01), São Roque do Canaã (01) e Aracruz (01).
Os 256 casos confirmados tem como local provável de infecção (sendo estes os locais que os próprios pacientes ou familiares relataram que estiveram no período que antecedeu a infecção) os municípios de: Santa Leopoldina (33), Ibatiba (21), Colatina (21), Domingos Martins (21), Marechal Floriano (13), Brejetuba (10), Santa Teresa (11), Muniz Freire (09), Santa Maria de Jetibá (11), Conceição do Castelo (08), Afonso Cláudio (09), Alfredo Chaves (08), Castelo (08), Serra (07), Cariacica (06), Laranja da Terra (05), Pancas (05), Itaguaçu (05), Baixo Guandu (05), Itarana (05), Irupi (05), Viana (05), São Roque do Canaã (04), Vargem Alta (03), Venda Nova do Imigrante (03), Cachoeiro de Itapemirim (02), Iúna (02), Marilândia (02), Fundão (01), Ibiraçu (01), Aracruz (01), Anchieta (01), Guarapari (01), Ibitirama (01), Muqui (01), Linhares (01) e Conceição da Barra (01).
Com isso, há 152 casos em investigação para Febre Amarela que também são investigados para outras doenças com quadro clínico também de leptospirose, febre maculosa, dengue, dentre outras.
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