
Os corpos das três jovens brasileiras, assassinadas em Portugal, foram sepultados no Brasil. A veneciana Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, e as duas amigas mineiras, Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16, que são irmãs, estavam desaparecidas em Portugal desde janeiro de 2016, mas os corpos só foram encontrados no dia 26 de agosto em um tanque de um hotel de cachorros na cidade portuguesa de Cascais.
O companheiro de uma das vítimas, que também é brasileiro, trabalhava na empresa veterinária onde os corpos foram encontrados e se entregou à Polícia Federal, em Minas Gerais, confessando o triplo homicídio.
As famílias das jovens relataram, ao Correio9, que enfrentaram muitas dificuldades para arcarem com os custos do translado. Além da ajuda de amigos e familiares, rifas, também, foram feitas. A agonia das famílias foi agravada pela espera pelo transporte, e posteriormente, pelos custos dos funerais. No Brasil, os corpos foram cremados para o sepultamento. Depois, as famílias se reuniram na cidade de Azaleia, em Minas Gerais, onde realizaram o funeral com uma cerimônia religiosa.
As irmãs Michele e Lidiana foram sepultadas em Minas Gerais, já as cinzas de Thayane foram trazidas para Nova Venécia, onde, ainda, não teve destinação.
A capixaba Thayane viajou no dia 28 de janeiro de 2016 para Lisboa, onde começaria a trabalhar em uma creche. Segundo a mãe dela, a filha iria morar com as amigas Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16, que são irmãs. Desde então, familiares e amigos no Brasil não conseguiam contato com as jovens.
Michele trabalhava em Lisboa como doméstica há nove anos e convidou a irmã mais nova, Lidiana, para estudar e morar em Portugal no final de 2015. As irmãs dividiam um apartamento com o companheiro de Michele, que é brasileiro e é dono do imóvel. O relacionamento começou, há 9 anos e, segundo os parentes, Michele estava grávida de 3 meses. As duas conheciam a capixaba Thayane e fizeram o convite para que ela também trabalhasse em Lisboa, oferecendo o apartamento.
De acordo com Solange Santana, mãe das duas irmãs, a última vez que os parentes tiveram notícias das jovens foi através do companheiro de Michele. O homem informou que ela havia deixado o emprego em Lisboa e se mudado para Londres, junto com a irmã e a capixaba. No entanto, a família não acreditou.
Na época, a polícia da Inglaterra também foi acionada e não foi constatada a entrada das brasileiras no país. O Itamaraty acompanhou as investigações policiais e atualizava as famílias sobre as novidades do caso.
De acordo com a mãe da capixaba, o ex-companheiro de Michele voltou para o Brasil depois que os familiares tomaram conhecimento do sumiço das jovens. Jornais portugueses descreveram que os corpos foram encontrados em estado avançado de decomposição.
Comente este post