Os funcionários dos Correios estão em greve por tempo indeterminado. Sindicatos que representam a categoria optaram pela paralisação, após assembleias realizadas pelo país, a partir das 22 horas desta terça-feira (10).
Segundo divulgado revista Veja, o movimento será por tempo indeterminado e todos os serviços serão afetados. Em São Paulo, cerca de 5.000 trabalhadores compareceram e aprovaram a decisão. Os trabalhadores protestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8% – menor que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC).
Entre pontos questionados pela categoria estão a exclusão do vale cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde. A exclusão dos pais de planos de saúde também é um ponto debatido na negociação.
“Cerca de 80% das agências vão aderir à greve. Foram 36 sindicatos que em conjunto e com decisão unânime decidiram pela paralisação”, afirmou Douglas Cristóvão de Melo, diretor de comunicação do Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect) e da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect).
De acordo com a publicação, os trabalhadores e a estatal negociam, desde julho, um novo acordo coletivo para a categoria. As tratativas foram feitas com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entretanto, a empresa não aceitou os termos indicados.
O acordo coletivo, que deveria ser vigente até o início de agosto, chegou a ser prorrogado até o dia 31 daquele mês, com o comprometimento da categoria em não deflagrar a greve. No entanto, não houve uma solução. Os Correios não quiseram prolongar por mais um mês o acordo, como propôs a Justiça do Trabalho, e, com isso, os trabalhadores voltaram a se organizar para uma paralisação.
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