Você já deve ter ouvido o ditado que “a diferença entre um remédio curar ou matar está na dose”. Talvez o flúor seja um exemplo bem categórico que só confirma esse ditado. Se bem dosado, o flúor é um grande aliado da saúde bucal, prevenindo cáries e fortalecendo os dentes.
Mas em muita quantidade, o flúor causa a fluorose dentária, principalmente nas crianças. A fluorose é uma alteração no esmalte do dente devido à ingestão de flúor em excesso, durante o processo de formação dos dentes. Ela caracteriza-se pelo aumento da porosidade na superfície dentária, fazendo com que ele tenha um aspecto opaco. Em graus mais leves, aparecem pequenas linhas brancas ou manchas nos dentes. Em casos mais graves, os dentes possuem um aspecto castanho ou marrom, podendo haver até perda de pequenas partes da dentição.
“As fontes de flúor são muitas e quando elas se sobrepõem, é flúor demais. O flúor está na água, em alguns alimentos e nas pastas de dentes. Por isso, é tão importante acompanhar a escovação da criançada, para que elas não engulam o creme dental ao escovar os dentes, e não comam pasta de dente de forma proposital por acharem o sabor agradável”, explica o cirurgião-dentista, Wanderley Belinazzi.
O ideal é que os pais ofereçam a seus filhos de até 04 anos de idade o creme dental sem flúor, que pode ser adquirido em farmácias de manipulação ou até mesmo em drogarias de grande porte.
Quando a estética é comprometida, o dentista deve intervir com alguns tratamentos alternativos:
1 – Uso de uma pasta especial, removendo uma camada muito fina do esmalte dos dentes, diminuindo bastante a intensidade das manchas;
2 – Clareamento dental, que dá uma cor mais uniforme aos dentes, disfarçando as linhas e manchas brancas;
3 – Pequenos desgastes nos dentes, removendo as manchas e restaurando com resinas;
4 – Em casos mais graves, são indicadas as facetas, que são peças protéticas que cobrem a parte da frente dos dentes anteriores.
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