
A decisão da Taça Guanabara entre Flamengo e Fluminense, domingo (5), às 16h (de
Brasília), foi marcada pela Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) para o estádio Nilton Santos (Engenhão). O local terminou escolhido após reunião entre dirigentes na sede da Federação. O Botafogo manteve posição contrária e não pretende liberar o estádio aos rubro-negros. O mando de campo também passou por sorteio. O Fluminense venceu a disputa. Em caso da manutenção da liminar por torcida
única, apenas os tricolores estarão no Engenhão. A Ferj tomou a decisão antes mesmo
da liminar do TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro) indicando o Engenhão como palco para o clássico por conta da indisponibilidade do Maracanã.
“Passamos aos clubes a busca pela utilização do Maracanã, mas o estádio não possui
os laudos. O da Polícia Militar, inclusive, não está em vigência. A vistoria será apenas na sexta-feira (3). O tempo é muito curto. O Engenhão é a opção no regulamento. Com a liminar revertida, teremos duas torcidas. Não acontecendo, os ingressos serão apenas para os torcedores do Fluminense. O Botafogo não concordou com a cessão do estádio,
mas estamos publicando a questão. Precisávamos efetivar a partida e a nossa posição
foi manifestada aos clubes”, explicou o diretor de competições da Ferj, Marcelo Vianna.
Presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira manifestou contrariedade com a decisão e deixou claro que pretende recorrer. “Ainda teremos a audiência com o juiz sobre a questão da torcida única. O mando de campo é do Fluminense.
O Botafogo mantém a posição até que seja demonstrada a inviabilidade do Maracanã.
É bastante incomum que possa ter um jogo na outra quarta-feira [dia 8, Flamengo x San Lorenzo] e não seja autorizado um evento para domingo. A posição do Botafogo é a de não liberar o estádio para clubes com os quais não mantemos relações comerciais”, disse. Os presidentes de Flamengo e Fluminense evitaram o conflito com o mandatário alvinegro. Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad adotaram o discurso
de união e pregaram a paz nos estádios. Os dois aguardama audiência de quinta-feira (2) para um novo posicionamento. “Não trabalhamos com a hipótese de torcida única. Para o Fluminense só interessam duas torcidas. Estudamos várias possibilidades, mas só levaremos à frente após a decisão do juiz”, pontuou Abad.
“Como Flamengo e Vasco transcorreu sem nenhum problema, entendemos que fizemos
por merecer que a decisão por torcida única seja revogada em definitivo. Se a liminar não for revertida, sentaremos com o Fluminense para tomarmos a melhor decisão”, encerrou Bandeira.
Os dois presidentes posaram juntos para uma foto com o objetivo de promover a paz no Fla-Flu. A imagem foi postada pelos clubes nas redes sociais. A quinta-feira (2) será decisiva para todos os envolvidos.
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