Indispensável na mesa do brasileiro e dos povos de quase todos os países, o cafezinho é mais do que uma simples bebida que acompanha as refeições. Com técnicas especiais de cultivo e de processamento, o produto ganhou notas sofisticadas e diversas variações, mas a tradição do consumo e a característica de unir as pessoas se mantêm e se fortaleceram.
Este é o caso do Café Fazenda Venturim, que tem em sua essência a tradição e a excelência na qualidade, observada nos pequenos detalhes. Há 13 décadas, a família tem mantido a cultura viva de pai para filho, com o plantio do café de Norte a Sul do Espírito Santo. O conilon (variedade da espécie robusta) começou a ser plantado comercialmente no Espírito Santo no final da década de 1960, após a erradicação dos cafezais. Na Fazenda Venturim, a produção foi iniciada nos anos 1970.
Hoje, estão à frente do negócio os irmãos Isaac e Lucas Venturim, que lançam o produto no mercado após uma série de aprimoramentos no cultivo e no processamento dos frutos com vistas a melhorar a qualidade e o sabor da bebida. O projeto do Robusta Especial é desenvolvido no município de São Domingos do Norte.
Qualidade
“A produção de conilon com foco na qualidade é uma tendência nova no mercado, mas as poucas iniciativas que se tinham até então eram perdidas no momento da comercialização, já que a indústria utiliza esse tipo de café para agregar qualidade a misturas (blends) de café espresso, entre outros”, comenta Lucas Venturim.
De acordo com Lucas, um importante diferencial do trabalho de sua família é levar direto, do produtor ao consumidor final, um café conilon de origem conhecida. “Com isso, o consumidor consegue sentir o verdadeiro sabor do café, sem defeitos ou misturas”, destaca.
Técnicas
Para chegar às lojas, o processo passa pelo preparo do solo, o cultivo, a seleção das mudas, a nutrição e o manejo das plantas, até finalmente começar a colheita, entre dois e três anos após o plantio.
Segundo Isaac Venturim, o momento exato da colheita, bem como o tratamento que os frutos recebem logo após essa etapa, são de extrema importância para a qualidade final da bebida. Após uma seleção rigorosa, é iniciado o processo de descascamento, seguido da secagem lenta. Isaac destaca que o procedimento é essencial para preservar ao máximo os grãos com melhores atributos.
“Este cuidado especial evita o comprometimento dos lotes por sementes ruins, e possibilita maior valorização da produção. A secagem, por exemplo, propicia retirar a água do grão de forma mais lenta, sem perder as suas nuances. São técnicas que agregam valor à nossa produção”, afirma.
O investimento na variedade do produto é uma das estratégias utilizadas pela empresa para se inserir no mercado de maneira completa e eficiente. A produção engloba o café torrado e moído, o torrado em grãos e o café em cápsulas compatíveis com o sistema Nespresso. Além das vendas via internet, por meio do site da Fazenda Venturim (fazendaventurim.com.br), os produtos estão disponíveis em cafeterias selecionadas no Estado.
Impulsionamento
O agronegócio se mantém como principal motor da economia brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este nicho da economia cresceu 13,4% no primeiro trimestre deste ano, a maior alta em mais de 20 anos. O avanço puxou a alta de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016.
Atualmente, o estado do Espírito Santo é o principal produtor de café conilon do Brasil, destacando-se pelas melhores tecnologias em nível mundial para cultivo desta espécie. O aprimoramento do grão serve também como incentivo aos produtores capixabas, o que impulsiona a economia regional e proporciona melhores experiências ao consumidor final.
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