Um estudante matou a professora e deixou seis pessoas feridas, uma delas em estado grave, durante um ataque no Colégio Cervantes, na cidade de Torreón, no México. Segundo um funcionário da escola, o agressor, que tinha 12 anos e era aluno do sétimo ano, também morreu.
Em uma declaração à imprensa, Miguel Ángel Riquelme, governador do estado de Coahuila, disse ter ficado “consternado” com o caso. De acordo com ele, as primeiras investigações indicam que o agressor pediu permissão para ir ao banheiro por volta das 8h. Após 15 minutos, a professora Maria Assaf Medina, de 50 anos, saiu para procurá-lo. No corredor, o aluno teria começado a atirar, matando a professora e ferindo seus colegas de turma.
Riquelme acrescentou que o jovem nunca teve um comportamento estranho, era um bom aluno e morava com a avó. Os feridos foram levados para um hospital local e, segundo o governador, o estado da maioria é estável.
— Meu governo entrará em contato com todas as instituições de segurança pública para promover medidas de prevenção — afirmou. — Esperamos que o Ministério Público conclua as investigações, e descubra onde ele conseguiu as armas e como era seu ambiente familiar.
As autoridades de Torreón receberam o aviso do tiroteio meia hora depois, às 8h30m. Perplexos, dezenas de familiares esperavam notícias dos filhos de fora do instituto, causando confusão.
Maurilio Ochoa, delegado de Coahuila, disse à imprensa local que o aluno entrou na escola com duas armas, uma de grande calibre.
— Nós já estamos investigando, mas nem o pai da criança sabe como ele teve acesso à arma — disse.
Jorge Zermeño Infante, prefeito de Torreón, recomendou a outras escolas da cidade que “verifiquem as mochilas das crianças” e notifiquem as autoridades quando detectarem um comportamento estranho.
Embora os homicídios tenham atingido níveis recordes no México nos últimos dois anos, tiroteios em escolas são incomuns. O último aconteceu em 2017, quando um estudante matou quatro pessoas e tirou sua vida em uma escola particular no Norte do país.
Esteban Moctezuma, secretário de Educação do governo de Andrés Manuel López Obrador, disse no Twitter que acompanha de perto as informações do tiroteio e expressou sua solidariedade às famílias. “Estou extremamente consternado”, escreveu.
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