Na última sexta-feira, 17, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do terceiro semestre de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), com dados da subutilização da força de trabalho (que agregam os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial). No período, esta taxa nacional ficou em 23,9%, o que representa 26,8 milhões de pessoas.
Além disso, a pesquisa também abordou a questão dos desocupados, que são 13 milhões no País. Destes, 63,7% são negros, o que equivale a uma população de 8,3 milhões de pessoas. O resultado foi que a taxa de desocupação dessa parcela da população ficou em 14,6%, valor superior à apresentada entre os trabalhadores brancos, que foi de 9,9%. Isso é o mesmo que dizer que a cada três desocupados no País, dois são negros.
Apesar de no terceiro semestre os negros – somatório entre aqueles que se declaram pretos e pardos para efeito de estatística – representarem 54,9% da população nacional de 14 anos ou mais, representando 52,3% dos ocupados, o índice de ocupados na população branca ainda era maior, chegando a 56,5%. Além disso, o rendimento dos trabalhadores pretos e pardos foi de R$1.531, enquanto o dos brancos era de R$2.757.
Mulheres
Os dados do Estudo da Pnad mostram que, no Estado do Espírito Santo, o maior índice de desocupação ocorre na faixa etária que vai dos 25 aos 39 anos, representando 35,5% do total de desocupados.
A pesquisa também mostra que, no Espírito Santo, no terceiro trimestre de 2017, o volume de mulheres desocupadas foi maior do que o de homens, chegando a 52,2% de mulheres no total de pessoas desocupadas.
A Pnad confirmou, ainda, que a remuneração de mulheres é inferior à de homens no Estado, um reflexo do que acontece no resto do País. Enquanto, no terceiro trimestre, a remuneração média de homens ficou em R$ 2.195, a de mulheres ficou em R$ 1.645, ou seja, 25,1% inferior.
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